Demanda por caminhões provoca fila

Publicado em
04 de Novembro de 2010
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As vendas de caminhões e ônibus continuam fortes no mercado campineiro. No mês passado, os dois segmentos somaram 200 unidades emplacadas. O avanço em relação a 2009 foi de 66,67%. No acumulado do ano, as concessionárias do município venderam 1.301 unidades sobre 986 veículos do ano passado. O crescimento foi de 31,95%. No total, entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos, foram comercializadas 5.285 unidades. A alta em relação a outubro de 2009 foi de 8,79%.

O aquecimento das vendas de caminhões gerou falta do produtos para entrega imediata em linhas de pesados. Como a grande demanda dos veículos da modalidade é do setor de construção civil, são justamente os modelos focados para os serviços desse segmento que têm prazo de entrega mais alongados. Dependendo da marca e da linha, o período de espera varia de 20 dias a 90 dias. Um outro fator que incentivou a corrida de frotistas e caminhoneiros é a facilidade de compra por linha especial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com juros de 8% ao ano.

O vendedor da Carueme (distribuidor da marca Ford), Osmar Aparecido dos Santos, afirmou que o mercado está em busca de caminhões, especialmente os modelos que atendam as necessidades da construção civil.

Ele exemplificou que a linha 6x4 traçado, cuja capacidade é de 15 toneladas, tem um prazo de entrega de 20 dias a 30 dias. "O veículo é indicado para serviços pesados como caçamba e betoneira", afirmou. Ele destacou que a concessionária comercializa caminhões de R$ 75 mil a R$ 230 mil.

O gerente de vendas da Tietê Caminhões e Ônibus (revendedora da marca Volkswagen), Carlos Tadeu Frederico de Arruda, comentou que o volume de negócios está elevado desde o início do ano e permaneceu com o mesmo ritmo no mês passado. Ele disse que os caminhões para betoneiras têm fila de espera que chega a 90 dias.

O executivo destacou que um gargalo encontrado pelo setor é a demora na liberação de recursos da linha Finame do BNDES, que é uma das alavancadoras das vendas do setor. "Os juros são de apenas 8% ao ano. Outro fator que favorece a compra de caminhões é a isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que, segundo o governo, vigora até o próximo dia 31 de dezembro."

A assessoria de imprensa do BNDES informou que há um trâmite burocrático dos agentes financeiros que operacionalizam as operações de crédito da linha especial, que deve ser cumprido para que todo o processo seja finalizado.

Balanço - Os dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) apontaram que foram emplacados em Campinas, no mês passado, 3.435 carros e 786 comerciais leves. No segmento de motos, foram vendidas 864 unidades. Os caminhões somaram 139 emplacamentos e os ônibus tiveram 61 emplacamentos.

O balanço mensal da instituição mostrou ainda que no acumulado de janeiro a outubro o mercado campineiro de veículos registrou 46.312 unidades emplacadas frente a 42.503 unidades do mesmo período do ano passado.

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