A defasagem média do frete cobrado nas viagens de transporte de mercadorias caiu de 16% em agosto do ano passado para 13,9% agora no começo de 2020. Levantamento da NTC&Logística revela que quase a metade (48,5%) das empresas de transporte rodoviário de cargas no Brasil não foi afetada pela nova tabela de frete, publicada em 16 de janeiro. por meio da resolução 5867. O dado foi apresentado pelo assessor técnico da entidade, Lauro Valdívia, durante o evento Conet&Intersindical, maior evento do setor, que termina nesta sexta-feira, em Curitiba.
O estudo aponta, também, que apenas 14% das empresas continuam a contratar motoristas autônomos; 52% das transportadoras possuem frota própria.
Como é calculada a tabela de frete dos caminhoneiros
Outras informações que constam do estudo indicam o desencanto dos empresários para com o desempenho no ano passado. Pesquisa com as transportadoras mostra que quase metade delas (47,4%) lucrou menos no ano passado do que em 2018. E um quarto dos entrevistados (26,6%) disseram que o lucro aumentou. Percentual semelhante (26%) relataram estabilidade. No ano passado, vários custos cresceram de forma significativa. O óleo diesel subiu 10,6%; o veículo teve preço elevado em 20% e o preço dos pneus subiu 3,6%.
Mesmo assim, o presidente da Federação das Empresas de Transporte e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc), Ari Rabaiolli, aposta em melhora dos negócios. Considera essencial a aprovação de reformas. Mas, no cenário de perspectivas de futuro para o setor de transporte rodoviário de cargas, quatro de cada dez empresários falam em estagnação e um terço (32%) acreditam em piora.