Dá tempo de melhorar o caminho da safra?

Publicado em
06 de Fevereiro de 2014
compartilhe em:

Com o período de colheita se intensificando, velhos problemas despontam como barreiras no caminho da produção. Em reunião da Câmara Temática da Infraestrutura e Logística do Ministério da Agricultura, ontem, resoluções com impacto no escoamento, como a lei do frete, foram debatidas. Condições de estradas e armazenamento também.

Na safra passada, das mais de 186 milhões de toneladas de grãos produzidas no país, 40 milhões de toneladas tiveram de ficar a céu aberto por causa da falta de silo.

Do encontro, saiu pedido para que se dê maior agilidade às licitações portuárias.

Por aqui, o porto de Rio Grande teve desempenho acima da média nacional – no volume exportado de soja, ficou atrás só de Santos.

– As menores distâncias até as áreas dos portos conferem ganho ao Rio Grande do Sul. No Mato Grosso, passam dos 2 mil quilômetros – opina Carlos Alberto Batista, secretário da Câmara Temática da Infraestrutura e Logística.

Mas nossa vantagem para por aí. Presidente da Câmara Brasileira de Infraestrutura e Logística, Paulo Menzel percorreu 26 mil quilômetros pelo Estado. Um dos diagnósticos: na BR-386, a rodovia da produção, o movimento de caminhões cresceu 30% com o fim dos pedágios.

– Pergunto: aumentamos a rodovia? Parou a manutenção e cresceu o fluxo – observa.

Segundo Menzel, o custo geral da logística (incluindo outros setores) continua consumindo 19,46% do PIB gaúcho, quando deveria ser de 6,2%. Mudanças exigem investimentos de curto, médio e longo prazo. Não dá para pensar em escoar a safra só na véspera da colheita.

Boletim Informativo Guia do TRC
Dicas, novidades e guias de transporte direto em sua caixa de entrada.