Custo do transporte cresce na

Publicado em
23 de Janeiro de 2012
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A mais ou menos 15 dias do início do pico da colheita da soja, transportadores do Mato Grosso enfrentam dois novos problemas. O diesel, que já é mais caro no Estado devido à alíquota maior de ICMS (15%), subiu um pouco mais com a interdição de um oleoduto da Petrobras.  E o governo, para “ajudar” o setor, resolveu voltar a cobrar ICMS sobre as operações de transportes.

Segundo o diretor-executivo da ATC de Rondonópolis, Miguel Mendes, o combustível está cerca de R$ 0,07 mais caro devido à manutenção do oleoduto em Goiás. “Vindo de trem, o diesel chega para nós com um preço mais alto”, explica.

Quanto ao ICMS, ele afirma que o setor de transporte vinha sendo beneficiado com a isenção nas operações dentro do Estado.  “Mas agora, o governo voltou a cobrar”, ressalta. A alíquota é de 17%. Esse custo, de acordo com Mendes, não será absorvido pelos transportadores, pelo menos por enquanto.

Com o mercado aquecido às vésperas da colheita, ele afirma que é fácil repassar o valor do imposto ao embarcador. Mas, após a safra, o receio é que o ICMS seja mais um fator a achatar a rentabilidade dos transportadores. “Estamos nos mobilizando para tentar convencer o governo a continuar oferecendo a isenção”, afirma.

A Carga Pesada pediu uma entrevista na Secretaria da Fazenda de Mato Grosso para tratar deste assunto, mas ainda não obteve um retorno.

Apesar dessas duas más notícias, Miguel Mendes se mostra otimista em relação à nova safra. “Esperamos uma melhora de 15% a 20% no frete na comparação com o ano passado”, declara.  De acordo com ele, ainda que por pouco tempo (cerca de 45 dias de movimentação intensa da soja), os transportadores vão trabalhar com “folga na planilha”. “Este ganho precisa compensar o que a gente perde durante o resto do ano”, ressalta.

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