Custo do frete em Mato Grosso supera o preço da saca de milho

Publicado em
05 de Setembro de 2013
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Especialistas dizem que novos picos para frete são esperados em 2014. Custo de saca está em R$18 e milho custa em média R$10,90.

Com o término da colheita, os produtores de Mato Grosso estão preocupados com o escoamento da produção. Isso porque, o alto custo do frete está maior que o preço pago pelo produto. De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), atualmente, o frete para transportar milho de Sorriso a Santos gira em torno de R$ 300/tonelada, o que representa um custo de R$ 18 por saca, enquanto o preço do milho em Sorriso está em média a R$ 10,90/sc.

O gestor do Imea, Daniel Latorraca, ressalta que esta situação de preços altos para o transporte da produção foi vista no período de colheita da soja. Conforme ele, em 2014 novos picos para o frete de grãos são esperados, visto que boa parte do milho ainda não estará escoada e a projeção é de elevação na produção de soja.

O quadro de oferta e demanda do milho apresenta oferta total de 22,12 milhões de toneladas do cereal em Mato Grosso em 2013. O estoque final de milho para junho de 2014 apresenta no momento 5,68 milhões de toneladas, um valor de 5,17 milhões de toneladas acima de um cenário ideal.

Para evitar problemas logísticos de escoamento do cereal e déficit de armazenagem em 2014, é necessário aumentar o ritmo de vendas do milho, fato que não ocorre devido aos baixos preços do grão. Desde o início da colheita, o preço do cereal apresentou queda de 13,4%, com as cotações permanecendo R$ 2,09/sc abaixo do preço mínimo, de R$ 13,02. Essa queda dos preços se deu, sobretudo, devido à grande oferta de milho no mercado.

Alternativa
Para que ocorra o aumento do escoamento, os produtores de Mato Grosso aguardam a intervenção do governo. O setor espera um volume muito maior de Aquisições do Governo Federal (AGF) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), de 1 milhão de toneladas e 10 milhões de toneladas, respectivamente. Com esses valores realizados, restariam de estoque para 2014 apenas 0,51 milhão de toneladas, evitando problemas na armazenagem.

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