Cratera na BR-364 aumenta trajeto e custo de transporte de veículos

Publicado em
12 de Janeiro de 2015
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Veículos pesados devem fazer desvio pelas MTs-130 e 140. Previsão para liberação do trecho é para domingo (11).


Policiais permitiram passagem de carros de passeio em desvio provisório na BR-364. (Foto:

Policiais permitiram passagem de carros de passeio em desvio provisório na BR-364.


A semana foi de prejuízos para quem transporta a produção pela BR-364 no sul de Mato Grosso, já que uma cratera dividiu a estrada no trecho entre Juscimeira e o Distrito de Santa Elvira há dez dias. As máquinas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) trabalham no local e o estrago na rodovia tem obrigado motoristas de veículos pesados a buscarem rotas alternativas. A rodovia é a principal estrada por onde é escoada a produção agrícola das regiões Norte do estado.

Sem passagem, os motoristas de caminhões precisam desviar pelas MTs-130 e 140, o que aumenta o percurso em aproximadamente 400 quilômetros, considerando ida e volta. Prejuízo na certa para empresas como as transportadoras de grãos que, além do combustível precisam custear ainda o pedágio e as horas a mais dos motoristas nas estradas.

Já tem proprietários de transportadoras temendo prejuízos com o desvio temporário que obriga bitrens e rodotrens a passarem pela MT-130, onde há duas praças de pedágio entre Rondonópolis e Primavera do Leste. Além dos maiores custos, os motoristas também reclaram das viagens, que passaram a ficar mais longas.

O gerente de transportes Tony Erick de um grupo agropecuária calcula o aumento. O impacto, segundo ele, pode ser de R$ 370 a R$ 480 por caminhão, dependendo da capacidade de transporte do veículo. “Devido ao desvio, o aumento dos 130 km, mais pedágio e o tempo gasto, em torno de três a cinco horas a mais, aumenta o custo em torno de R$ 10 por tonelada. Se for elevar para a frota inteira rodando, o prejuízo é considerável”, afirma.

De acordo com ele, além dos prejuízos, o bloqueio também forçou a busca por estratégias para o escoamento da produção própria do grupo, que tem fazendas em várias regiões do estado. “Nas fazendas do grupo na Serra da Petrovina, a colheita está normal. Conseguimos escoar tranquilo os grãos. Já nas fazendas do grupo no Norte, o que estaria vindo para Rondonópolis no terminal [ferroviário] está sendo guardado no armazém e espera a liberação da rodovia para escoarmos”, diz
Diante do problema na rodovia, uma outra transportadora está evitando o escoamento nesta rota. “Isso causa um aumento nos nossos custos de mais ou menos mil reais. Então realmente dificulta muito, principalmente em relação aos fretes que estamos praticando hoje na região. É inviável o transporte por esse desvio no momento”, comenta Santo Nicolau Bissoni, diretor de transportes.

O desvio para veículos pesados é feito pela BR-130, onde existem duas praças de pedágio e o movimento aumentou consideravelmente. Esta semana, o preço do pedágio aumentou de R$ 6,50 para R$ 7,40 por eixo. Os motoristas reclamaram.

“Eu paguei agora para passar aí R$ 51,80 para trafegar em uma rodovia que é uma vergonha, arriscada, de vários acidentes. Então, é uma coisa absurda”, afirma o motorista Vladimir Roberto. “Aqui não tem suporte para o trânsito da 364”, diz o motorista Joel Ribeiro de Souza.
De acordo com a Polícia Federal de Rondonópolis, o DNIT está prevendo a liberação da pista no trecho para a partir de domingo (11), mas a informação não foi confirmada e comunicada oficialmente pelo órgão que administra a estrada.

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