Cosan inaugura usina de R$ 1 bi em Goiás

Publicado em
31 de Maio de 2010
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A Cosan, maior produtora nacional de açúcar e álcool, inaugurou ontem sua primeira usina construída do zero, em Jataí (GO). A unidade, que consumiu cerca de R$ 1 bilhão em investimento, é a mais moderna do mundo, segundo a empresa. Para esta safra, o objetivo é moer 2 milhões de toneladas de cana e produzir 180 milhões de litros de etanol -metade distribuída no próprio Estado e metade escoada para São Paulo.

A usina tem capacidade máxima para moer o dobro de cana e produzir 370 milhões de litros. A expectativa é que, na próxima safra, sejam moídos 3,5 milhões de toneladas de cana.

Antes da crise, a empresa previa construir outras duas usinas em Goiás -a de Jataí é a primeira. Segundo Rubens Ometto, presidente do Conselho de Administração da empresa, os planos só devem ser retomados quando a usina de Jataí atingir sua capacidade máxima de produção.

Para este ano, no entanto, segundo Ometto, existe a possibilidade de aquisição de uma usina já pronta. Ometto descartou investimentos em produção fora do Brasil, que, segundo ele, "é o melhor lugar do mundo para plantar cana e produzir açúcar e álcool".

Segundo André Luiz Rocha, presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool de Goiás, o Estado é o quarto maior produtor de cana do país e deve passar o Paraná na próxima safra.

Hidrovia - A expectativa é que sejam colhidos, em 2010/11, cerca de 50 milhões de toneladas de cana -20% mais que na safra anterior. Apesar da pujança de Goiás no setor, Jataí não é tradicionalmente um grande produtor de cana, cultura que disputa espaço com o milho e a soja.

Atualmente, mais da metade da cana consumida pela usina de Jataí é produzida pela própria Cosan. De acordo com Rocha, os produtores ainda enfrentam problemas de logística para escoar a produção de etanol. A expectativa é que ainda neste ano o álcool passe a ser transportado também por hidrovia, como ocorre com o açúcar. "As barcaças para etanol estão ficando prontas. A construção de um duto também deixaria a produção no Estado mais competitiva."

Estamos em discussão para a construção, mas ainda não há previsão", diz Rocha.

Atualmente, esse problema é superado com incentivos fiscais e com a alta produtividade do solo, afirma.

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