Corte de custos para enfrentar baixa nos fretes

Publicado em
10 de Outubro de 2014
compartilhe em:

Globalmente, os valores dos fretes marítimos cobrados por armadores dos exportadores e importadores continuarão a cair, estima o principal executivo do grupo Maersk, Nils Andersen, movimento detonado após a crise mundial de 2008. O grupo, que controla o maior transportador mundial de contêineres, a Maersk Line, trabalhou nos últimos anos com custos acima da média dos preços cobrados para transportar um contêiner. Optou, assim, por apostar na combinação de bom serviço e redução de custo para manter-se rentável.

"Acredito que os preços continuarão a cair. É uma corrida. Temos de tentar estar à frente dos custos todo o tempo", disse Andersen. O combustível marítimo, item fixo nas despesas, é o maior gasto dos armadores em uma viagem. Por isso as empresas de navegação têm encomendado embarcações com tecnologias mais sustentáveis de combustão e cada vez maiores, que substituem a necessidade de muitas viagens.

"Temos nos concentrado em duas coisas. Garantir que damos ao cliente um bom serviço e que temos uma boa rede que oferece confiabilidade na entrega de produtos e tempos de chegada. E sermos competitivos em custos. Com essa combinação, somos capazes de ganhar dinheiro", afirma Andersen.
Uma das saídas que as empresas acharam para reduzir os custos foi fazer alianças - grandes consórcios em que os armadores compartilham os navios em determinada rota. Também têm apostado em serviços customizados no pacote do transporte marítimo. "Assim, o cliente pode ser mais focado no que ele está realmente recebendo em vez de apenas se concentrar no custo do transporte".

Questionado, Andersen não crê que esse seja um movimento de pré-consolidação do mercado. E também descarta o interesse em comprar concorrentes menores.

Boletim Informativo Guia do TRC
Dicas, novidades e guias de transporte direto em sua caixa de entrada.