A direção do Sindicato dos Trabalhadores e Transportadores de Cargas de Mato Grosso do Sul estuda criar um banco de dados no qual os empresários podem fazer consultas sobre a veracidade dos documentos na hora de contratar um motorista. A iniciativa surgiu depois que uma operação do Ministério Público, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, desmantelou uma quadrilha que vendia carteiras falsas de habilitação e certificados para transporte de cargas perigosas.
Os criminosos também negociavam certificados de Movimentação Operacional de Produtos Perigosos (MOPP). Esse certificado é entregue ao motorista que faz um curso para o transporte de cargas perigosas. A fraude ocorria há pelo menos três anos, período em que teriam sido vendidas cerca de 500 habilitações e certificados. Segundo a promotoria, uma autoescola de Anastácio, a 134 km de Campo Grande, seria a base do esquema.
Um braço da quadrilha também funcionava em Nioaque, a 187 km da capital sul-mato-grossense. Conforme o Ministério Público, o responsável por intermediar a venda dos documentos fazia contato em uma loja de artigos para pesca.
Na Operação Risco Duplo, na semana passada, seis homens foram presos no estado e um em Mato Grosso. Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça dão indícios do serviço ilegal.