A construtora Odebrecht contestou o estudo realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que apontou solo instável no acidente de 27 de novembro – que matou dois operários nas obras do estádio do Corinthians, em Itaquera. O estudo foi encomendado pela Liebherr, a fabricante do guindaste que desabou na ocasião.
De acordo com a empreiteira, “o solo que sustentava o guindaste acidentado possuía todas as condições técnicas para suportar o peso da máquina, não havendo relação entre a condição do solo e o acidente”. A Odebrecht ainda disse desconhecer o laudo feito pela UFRJ, publicado na Folha de S.Paulo.
No comunicado emitido nesta sexta, a construtora recorda que a Liebherr jamais apresentou os dados do disco rígido do guindaste. Nos dias seguintes ao acidente, esperava-se que a espécie de caixa-preta do equipamento desse boas pistas sobre a explicação do ocorrido.
Sem poder montar as arquibancadas, a Odebrecht teve sucesso na operação que tirou as torres de sustentação da cobertura da arquibancada norte. Agora, a estrutura metálica é apoiada apenas nos setores leste e oeste. O próximo passo é a colocação das telhas da cobertura.
Cobertura à parte, o último acidente gerou novo atraso nas obras, cujo cronograma mais recente apontava conclusão no meio de abril. De acordo com Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e responsável pelo estádio, o palco de abertura da Copa do Mundo só ficará pronto na segunda quinzena de maio.