Condição de Pontes e Viadutos limitam transporte de cargas excepcionais

Publicado em
25 de Maio de 2011
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Interdições de pontes e viadutos para o transporte de cargas especiais estão dificultando a chegada de equipamentos para as obras do PAC.

O Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excepcionais (Sindipesa) vem tentando providências junto ao DNIT para mitigar o problema. Há transportadoras com cargas paradas.

Especializada nesse tipo de carga, a Transdata reclama da situação e listou oito pontos críticos (veja quadro).

Segundo Luiz Natal, seu diretor de operações, uma das situações mais difíceis é a de uma ponte sobre o Rio Riozinho, na BR-364, entre Pimenta Bueno e Ji-Paraná, em Rondônia. Fica no trajeto para as hidrelétricas em construção no Rio Madeira.


Inclinação do pilar da ponte sobre o Rio Riozinho (RO) e
trena mostrando deslocamento do pilar em mais de 4 cm

"No fim do ano passado, detectaram que a ponte não tinha capacidade. Até o momento, não fizeram nada. Estamos passando por dentro das cidades de Triunfo, Nova Estrela, e Ji-Paraná, mas as prefeituras estão descontentes com isso", afirma Natal. A Transdata leva de São Paulo para Rondônia geradores e turbinas de 110 toneladas.

Outra dificuldade encontra-se na Bahia, na BR-101. Uma ponte no Rio Jucuruçu, em Itamaraju, está interditada para transporte de cargas especiais desde 2005, segundo Natal. Ali, o limite é de 45 toneladas. O trecho está na rota para a Refinaria Abreu e Lima, em Recife (PE), destaque do PAC. "Já enfrentamos esse problema há seis anos, quando carregávamos para a Bahia Sul (fábrica de papel)."

Para chegar às obras da Abreu e Lima, a Transdata tem buscado desvios por pequenas cidades. "Mas essa solução, além de aumentar o tempo e os custos da viagem, castiga as comunidades."

O diretor da Transdata afirma que outro grande desafio é chegar às obras do Complexo Petroquímico da Comperge, em Itaboraí (RJ). O impedimento é uma obra de arte na BR-348, entre Magé e Manilha. "Temos de levar peças de 80 toneladas, mas o limite é de 45", ressalta Natal. A empresa está procurando rotas alternativas, mas ainda não achou uma adequada.

A Carga Pesada não conseguiu falar com ninguém no DNIT sobre esse problema.

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