DA REDAÇÃO

As readequações da pista e duplicação da BR-163 para a implementação de praças de pedágio começaram nesta segunda-feira (9) em Mato Grosso. 

Responsável pela rodovia, a Rota do Oeste, empresa da Odebrecht TransPort, dá o pontapé inicial no quilômetro 22,7, entre o perímetro urbano de Rondonópolis (212 km ao Sul da Capital) e o terminal multimodal de grãos da América Latina Logística (ALL). 

Escolhida pelo Governo Federal, a empresa assumiu a administração do trecho mato-grossense em março deste ano. Contratualmente, a Rota do Oeste terá a concessão da BR-163 por 30 anos. 

Ao MidiaNews, o diretor-eral da concessionária, Paulo Lins, explicou que, neste momento, o objetivo é se concentrar nos pontos críticos da rodovia. 

“Vamos começar com essa frente de trabalho e o objetivo é fazer da BR-163 uma rodovia moderna, que seja transformadora para a região e também para o agronegócio”, disse. 

Hoje, a via recebe cerca de 70 mil veículos por dia e tem um papel fundamental na infraestrutura logística do país. 

É também a BR-163 o principal meio de escoamento da produção agrícola da Região Centro-Oeste, que responde por mais de 30% da produção nacional.

Dessa forma, além do já citado primeiro trecho, os dois próximos serão a Rodovia dos Imigrantes e o trecho entre Posto Gil e Nova Mutum. 

Pedágio 

Quanto à cobrança de pedágio, assunto ainda novo em Mato Grosso e não totalmente aceito, o diretor garantiu que não haverá problemas. 

“Não sei exatamente como é o modelo de concessão das rodovias estaduais no Estado, mas acredito que o nosso trará toda a infraestrutura necessária para os usuários. Portanto, não vejo como um problema a cobrança, uma vez que ela será justificada”, disse. 

Conforme a Rota do Oeste, como previsto no contrato, o valor da tarifa para o pedágio será de R$ 2,63 por eixo, para cada 100 quilômetros. 

Quando finalizada, a BR-163 contará com nove praças de pedágio. 

A primeira taxa só começará a ser cobrada quando pelo menos 10% (45,3 km) da duplicação estiverem concluídos.

A concessão

A Rota do Oeste assumiu a administração do trecho mato-grossense da BR-163 em 12 de março de 2014, por meio de um contrato de concessão firmado com o Governo Federal, com validade de 30 anos.

A empresa venceu a licitação por ter oferecido o menor valor de tarifa para o pedágio. 

A obrigação da concessionária Rota do Oeste é realizar a duplicação de 453,6 km, da divisa com Mato Grosso do Sul até Rondonópolis (221 km ao Sul de Cuiabá), do Posto Gil a Sinop (500 km ao Norte da Capital), além da Rodovia dos Imigrantes, na Capital. 

Com a concessão, serão gerados três mil empregos diretos no pico das obras e outros 500 empregos diretos na operação. A Rota do Oeste prioriza a contratação de mão de obra local.

As demais extensões já estão duplicadas (113,9 km) ou terão as obras executadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que ainda duplicará outros 281,1 km. 

Os pontos onde o DNIT atua são entre Rondonópolis e Cuiabá, (km 128,7 ao km 261,9), passando por Jaciara (km 278,9 ao km 315,4) e do Trevo do Lagarto até o Posto Gil. (km 353,5 ao km 507,1).

A manutenção e conservação desses trechos serão transferidas para a concessionária somente após a conclusão das obras, previstas para serem entregues em até quatro anos.

Então, a Rota do Oeste passará a ser responsável pela operacionalização completa do trecho concedido, que é de 850 km. 

Alguns serviços aos usuários como ambulância, guincho leve e pesado começarão a ser oferecidos em setembro deste ano aos usuários. 

A Rota do Oeste implantará ainda um plano de segurança viária, trazendo mais segurança e conforto ao motorista que passará a contar com socorro médico e mecânico 24 horas e com uma rodovia 100% monitorada, com câmeras a cada dois quilômetros.

O contrato também prevê a implantação de vias marginais em travessias urbanas, passarelas, trevos e outras obras de melhorias de acesso.

Para a cidade de Rondonópolis, será implantando um contorno de 10,9 km. 

Números concessão BR-163:

850,9 km de extensão 
30 anos de concessão 
Início de operação: abril de 2014 
Investimento total de R$ 5,5 bilhões nos 30 anos de concessão 
Investimento de R$ 2,8 bilhões nos cinco primeiros anos de concessão 
Tarifa: R$ 2,638 por cada 100 km 
9 praças de pedágio 
3 mil empregos no pico de obras 
500 empregos na operação 
Socorro médico e mecânico 24 horas 
18 ambulâncias, 5 com UTI móvel 
18 guinchos leves 
8 guinchos pesados 
19 veículos de inspeção de tráfego 
5 caminhões pipa 
5 caminhões para apreensão de animais 
18 bases de Serviço de Atendimento ao Usuário