Concessionária da Fernão Dias tem queda de 10% no tráfego do 4º tri

Publicado em
10 de Fevereiro de 2016
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O tráfego nas rodovias da Arteris, uma das maiores concessionárias de rodovias do país em quilômetros administrados, caiu 10% no quarto trimestre de 2015, para 171 milhões de veículos equivalentes. No acumulado de 2015, o recuo foi de 6,3%,

A empresa justificou os números como reflexo da retração econômica no país, que tem impactado a produção industrial, um dos maiores clientes das rodovias.

Em nota enviada ao mercado, a Arteris diz que, apesar da queda de 10% no fluxo de veículos equivalentes no último trimestre, o recuo nos volumes de veículos absolutos foi de 4,7% no período e de 2,6% no ano. Além da deterioração do ambiente econômico, a Arteris diz que a aplicação da Lei dos Caminhoneiros desde abril de 2015, que cessou a cobrança dos eixos suspensos de veículos pesados vazios nas rodovias federais, pesou no resultado.

“Caso esta lei não estivesse em vigor, o tráfego pedagiado das rodovias federais teria registrado no trimestre um decréscimo de 8,3% em relação ao 4º trimestre e um decréscimo de 6,8% no consolidado do grupo. No acumulado de 2015, esse decréscimo teria sido de 4% em ambas as comparações”, diz a empresa. Nesta quarta­feira, a espanhola Abertis, uma das investidoras da Arteris, divulgou o balanço de 2015 no exterior.

Apesar de usar uma métrica diferente — medir a média diária de veículos —, a companhia também registrou queda (de 2,3%) no tráfego de veículos nas estradas da Arteris. Em relatório, a Abertis atribui o desempenho da empresa no Brasil ao fraco Produto Interno Bruto (PIB).

A maior redução ocorreu no volume de veículos pesados, que caíram 8,4%, enquanto os leves aumentaram 1%. “Apesar da crise, a indústria rodoviária brasileira é mais resiliente que outros mercados devido ao grande ‘gap’ de infraestrutura do país”, diz o balanço.

O Brasil foi o único mercado dos quatro em que a Abertis tem negócios em rodovias que apresentou retração. Na Espanha, o fluxo aumentou 6,1%? na França, 1,8%? e no Chile a alta foi a maior, de 8,5%.

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