Complexo de Suape prevê licitações de três novos terminais ainda para este ano

Publicado em
04 de Junho de 2012
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O Suape Complexo Industrial Portuário (Fone: 81 3527.5000) apresentou seus planos de crescimento e expansão para os próximos anos. Além da Refinaria Abreu e Lima e do Polo Petroquímico de Suape, ambos já em construção, a companhia pretende dar entrada no projeto de três novos terminais para serem licitados ainda em 2012.

De olho no desenvolvimento que a Ferrovia Transnordestina vai gerar na região, o Complexo já prevê a construção de um terminal de grãos para conseguir receber as demandas de soja vindas do interior do Nordeste. Prevista para ser entregue em 2013, a Transnordestina irá ligar a cidade de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Suape, em Pernambuco, e o de Pecém, no Ceará.

“Com a Transnordestina, o Porto de Suape vai conseguir trabalhar com mercadorias que antes não operava, como soja e gesso. Além disso, ela também vai permitir que produtos que hoje são transportados apenas pelo modal rodoviário sejam transportados através da ferrovia. Um exemplo disso é o diesel: hoje ele é transportado pelas rodovias, que não é um modal interessante para um volume tão grande de produto. Mas, com a Transnordestina se cria a possibilidade de levar o produto para o interior a partir da Refinaria Abreu e Lima, onde 70% da produção é diesel”, explica Frederico Amâncio, vice-presidente do Complexo de Suape.

Outra oportunidade prevista com a chegada da Transnordestina é a possibilidade de se trabalhar com a movimentação de contêineres através da ferrovia. Segundo Amâncio, os vagões da linha ferroviária estão sendo preparados para movimentar contêineres e, também, para utilizar o sistema double-deck, que permite transportar dois contêineres empilhados.

“Não temos esse tipo de operação no Brasil. Nem mesmo Santos, que é o maior porto do país, tem grandes movimentações de contêineres através do modal ferroviário. Provavelmente menos de 1% da movimentação de contêineres de Santos é feita desse modo. A Transnordestina cria essa possibilidade logística”, afirma o executivo.
O segundo investimento previsto no Complexo, que também está ligado à chegada da ferrovia, é a construção de um terminal de minérios. Pertencente à segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) do Governo Federal, ele deve iniciar suas atividades em 2014.

Além desses terminais de produtos, o Complexo também abrirá licitação para um segundo terminal de contêineres. Com uma área total de 350.000 m² e investimentos previstos em
US$ 181,68 milhões, ele terá capacidade para movimentar até 700 mil TEUs por ano.

“O Norte e o Nordeste são as áreas do Brasil que mais crescem hoje e estamos conseguindo aproveitar bastante, não só do crescimento do Estado de Pernambuco, mas de todo Norte e Nordeste. Suape é a principal porta de entrada de mercadorias para toda essa região e nossa expectativa é de que em cinco anos o novo terminal de contêineres chegue a movimentar 1 milhão de TEUs”, acredita Amâncio.

Após a queda de 10% na movimentação de carga em 2009, o Complexo de Suape vem, desde 2010, em processo de crescimento contínuo e acelerado. Em 2011 o crescimento total em toneladas foi 25% maior, se comparado ao ano anterior. Para 2012, mesmo considerando o ano difícil para as operações portuárias, devido ao contexto econômico global, as expectativas da companhia são de mais crescimento.

“O Porto, até fevereiro, já teve um crescimento de 14.9%, e nossa expectativa é de mais crescimento para os próximos anos. Só a Refinaria Abreu e Lima, quando iniciar suas operações em 2013, deve gerar um acréscimo da ordem de 12 a 15 milhões de toneladas na movimentação do porto. Os nossos números se aproximam da movimentação de portos como o do Rio de Janeiro. E o projeto para os próximos anos é consolidar Suape como um porto distribuidor de carga”, conclui Amâncio.

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