“Chief Executive Officer”, livro de Grant McCracken, explica como a observação da sociedade levaram empresas como Nike, Apple e Volkswagen ao sucesso
O primeiro passo é sair de dentro do lugar comum. McCracken defende que o CCO deve “conhecer todo o seu território, não apenas sua praia favorita ou seu ponto de origem”.
Difícil é definir o termo “cultura”. Quando percebemos o quanto as redes sociais mudaram a forma do indivíduo se relacionar ou notamos o crescimento do comércio eletrônico estamos falando de cultura.
Empresas como Apple e Google hoje são sinônimo de sucesso justamente porque souberam acompanhar esse tal “espírito do tempo”, como definiu o filósofo Georg Hegel. Trata-se de algo entre os modismos e as reais tendências de mudança tanto nocomportamento como na estrutura social.
Para que a empresa acompanhe e tire resultado desses movimentos, quais olhos deverão estar atentos? Para o PhD em antropologia, Grant McCracken, é o Diretor Executivo de Cultura, ou “Chief Culture Officer”, cargo que é título do seu livro, lançado no Brasil pela Editora Aleph (2011).
“É isso o que pretendo fazer com esse livro: inventar um cargo e alguém para preenche-lo – o Chief Culture Officer, a pessoa que conhece a cultura, tanto suas tendências quanto suas atualidades, bem como suas estruturas profundas e intrínsecas”, afirma na introdução da obra. “Quando há 1,4 bilhão de dólares na mesa, é preciso ter o CCO.”
Desconstruindo os gurus
Se você considera Steve Jobs um gênio contemporâneo, você poderá ler o primeiro capítulo com algum estranhamento. “As pessoas falam de Steve Jobs como se ele fosse o único de sua espécie”, afirma McCracken que, nas páginas seguintes, explica que você – sim você mesmo – também pode se tornar um deles.
O autor adota uma posição bastante dura contra os gurus. “A cultura é um campo vasto, complexo e dinâmico de significados. (...) É nisso que os virtuosos querem que acreditemos: que a cultura é um mistério... e que o guru é indispensável.”
Para o autor, o olhar atento de um profissional concentrado em observar e antever as tendências culturais deixaria as empresas mais seguras e produtivas que à mercê “nos caprichos e no ego de um gênio”. O olhar diário e transcendente à comunidade em que vivemos pode resultar em importantes insights para uma gestão criativa e eficiente. Clique nos links abaixo para continuar lendo a matéria no Portal Exame.