O grupo de concessões de estradas EcoRodovias teve lucro líquido de R$ 52,3 milhões no segundo trimestre, o que representa uma queda de 40% contra o mesmo período de um ano antes. O balanço, que ainda apontou queda de rentabilidade, foi afetado pela alta dos custos e por perdas financeiras maiores.
A queda ocorreu mesmo com uma receita líquida de R$ 827 milhões no período, um aumento de 26,5% contra um ano antes. Esse número foi influenciado por maiores receitas em construção (135% mais, para R$ 306 milhões) - sem efeito caixa - e em estradas (8,3% mais, para R$ 413 milhões). O tráfego nas rodovias administradas cresceu 16,4% contra um ano antes, impulsionado pela entrada da ECO101 (que administra trecho da BR-101 no Espírito Santo e parte da Bahia) no portfólio da companhia. Sem esse feito, o crescimento foi de 4,2%.
Por outro lado, a receita foi limitada pelo Ecoporto Santos (que teve queda de 23%, para R$ 111 milhões). Na controlada Elog, de logística, houve queda de 9,7% no faturamento
Os custos operacionais e despesas administrativas cresceram mais que a receita. Somaram R$ 642,1 milhões, mais 53,3% do que um ano antes. Segundo a empresa, estão nessa conta as contratações de pessoal para a concessionária ECO101, recentemente incorporada ao portfólio, e amortização. Ainda houve provisão para manutenção, com aumento de R$ 9,1 milhões, e custos de construção.
O Ebitda caiu 7,5%, para R$ 267 milhões. A margem Ebitda caiu significativamente: 11,9 pontos percentuais, para 32,3%.
O resultado financeiro também piorou: a perda cresceu 9,6%, para R$ 95 milhões. Pesaram nesse item as despesas com juros sobre debêntures e a variação monetária sobre financiamentos.