A sazonalidade do agronegócio nos últimos meses do ano foi decisiva para o desempenho de vendas de máquinas agrícolas e de construção em novembro. Outros fatores, porém, foram determinantes para os 3,8 mil equipamentos desses segmentos negociados no mês,retração de 25,5% sobre outubro: “Além da tradicional queda das vendas de tratores nesse período um dos sistemas de financiamento, o FCO, exauriu seus recursos este ano. Em janeiro tudo volta ao normal”, contou o presidente Antonio Megale, da Anfavea.
O FCO, Fundo Constitucional do Centro-Oeste, é uma linha de crédito bastante utilizada no polo do agronegócio nacional. Oferece financiamento de até R$ 20 milhões não apenas para aquisição de máquinas mas, também, para desenvolvimentos de projetos de pequenas e médias empresas. Mas se houve retração natural na venda de tratores o inverso ocorreu com as colheitadeiras.
Por conta desses equipamentos de valor agregado bem maior, na comparação com o desempenho de novembro do ano passado o segmento de maquinas agrícolas e construção registrou incremento de 27,5%: “Os negócios com as colheitadeiras cresceram 44% em novembro ante igual período do ano passado”.
No acumulado do ano as 43,4 mil unidades negociadas representam crescimento de 11,9% com relação ao período de janeiro a novembro de 2017. Esse volume é ligeiramente maior do que a projeção da Anfavea, que espera aumento de 11%:
“Dependendo do desempenho em dezembro poderemos comemorar que erramos para cima nossa projeção. A safra deste ano permitiu um resultado importante desse segmento e os empresários do agronegócio continuam otimistas”.