Codesp tem como novas metas ir atrás das cargas e buscar por maior eficiência

Publicado em
03 de Fevereiro de 2012
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O Porto de Santos chega aos 120 anos, comemorados com investimentos para melhorar sua infraestrutura e a qualidade das operações. São novos terminais, a modernização do sistema viário, a oferta de serviços inéditos (há planos para a construção de estaleiros e bases de apoio logístico às plataformas de petróleo), o aumento da profundidade do canal de navegação e o monitoramento dos navios que escalam na região,apenas para citar alguns.

Mas, para a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária de Santos, isso não é suficiente. Aprimorar a infraestrutura é e será uma preocupação. Mas está na hora de cuidar mais da parte comercial e ir atrás de cargas.

Além disso, a estatal começará a cobrar uma maior eficiência dos serviços prestados no complexo.

Os novos planos do Porto de Santos foram revelados pelo presidente da Codesp, José Roberto Correia Serra, em entrevista exclusiva a A Tribuna. Segundo ele, "cada terminal tem feito sua própria política (de atração de cargas), mas não há a política do Porto de Santos. Temos tido tanta preocupação com a infraestrutura, e precisamos ter, que deixamos de lado a parte do marketing, da captação das cargas".

Uma política comercial mais agressiva é o que promete Serra. E ela não se limitará a participações em feiras e seminários. Vamos entrar no mercado como Autoridade Portuária. Vamos até o produtor (das cargas escoadas pelo Porto) e conhecê-lo, saber de suas necessidades e mostrar que ele pode contar com o Porto de Santos".

A Codesp aproveitará esse contato com os usuários do complexo portuário para atualizar os dados de seu masterplan - estudo elaborado entre 2008 e 2009 e divulgado em 2010, com projeções sobre o volume das mercadorias que serão movimentadas no cais santista até 2024, além das obras necessárias para escoá-las.

Para atrair mais cargas para o cais santista, Serra também estabeleceu como meta garantir a eficiência das operações na região. "Os contratos de arrendamento falam nisso, as leis apontam isso, mas ninguém diz quais são os níveis mínimos de produtividade que os terminais arrendados devem ter. Precisamos estabelecer isso,em acordos formais, e exigir a prestação de serviços adequados", explicou.

De acordo com o presidente, as negociações com as instalações já começaram.

E a busca por qualidade não se limitará "à beira do cais", destaca Serra. "O CAP (Conselho de Autoridade Portuária, colegiado que reúne representantes da comunidade portuária) tem debatido a eficiência dos serviços, como o da amarração, o dos rebocadores, o da Praticagem, do abastecimento de combustível (dos navios). Vamos atrás da eficiência que o mercado exige.

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