Chineses reforçam a demanda por soja do Brasil e de Mato Grosso

Publicado em
07 de Agosto de 2013
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Cargas que vêm do porto de Seattle, nos Estados Unidos, levam apenas 18 dias

A empresa Rosco – de transporte marítimo e subsidiária da Hopefull Grain&Oil, uma das maiores tradings da China - Li Chuanmin, garantiu a um grupo de produtores mato-grossenses em missão naquele país, que há espaço para o consumo da soja e do milho produzidos no Brasil, culturas em que Mato Grosso é líder em produção. “A soja brasileira é conhecida na China pela alta qualidade em teor de óleo de proteínas e por isso é muito competitiva ao contrário da soja chinesa. Quanto ao milho acreditamos em um crescimento também, pois há muitas utilidades de uso do cereal, não só para ração animal, mas também para produzir etanol”.

Mesmo com a preferência do maior consumidor mundial das commodities, é preciso minimizar os impactos do custo logístico no Brasil, que torna a produção menos competitiva em relação aos grãos norte-americanos e argentinos. Conforme Chuanmin, houve carga que demorou até 75 dias para ser carregada em portos do Brasil e quando há atraso é pago uma multa pelo responsável pelo carregamento do navio.

Questionado sobre quanto tempo leva para um navio do Brasil chegar ao porto de Tianjin, o presidente disse que havia acabado de chegar uma carga do Rio Grande do Sul e que ela havia levado aproximadamente 30 dias. Explicou que as cargas que vêm do porto de Seattle, na costa oeste dos Estados Unidos, no oceano pacífico, levam apenas 18 dias.

Sobre os investimentos em portos no Brasil, o caso do porto de São Francisco do Sul, onde a Hopefull tem um terminal, e se os investimentos têm relação com as dificuldades de logística brasileira, o presidente da Rosco disse que foi uma decisão de alta cúpula e estratégica. Informou que também operam em Paranaguá, Santos, Rio Grande e no porto de Tubarão.

Li contou que a Rosco foi fundada em 2009 para garantir o transporte próprio de cargas ao Grupo Hopefull. Em 2011, a empresa conseguiu abrir seu escritório no centro empresarial de Xangai. Hoje, tem uma frota capaz de movimentar próximo de 1 milhão de toneladas, dez navios tipo Panamax que levam de 74 a 82 mil toneladas e um tipo Capesize que leva 180 mil toneladas, todos com média de idade de menos de seis anos. As rotas da empresa cobrem mais de mil portos em mais de 100 países.

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