China da UNICAM não adere à greve

Publicado em
24 de Julho de 2012
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Leia abaixo o comunicado divulgado pela Unicam.

Greve oportunista não contempla as causas dos caminhoneiros do Brasil

O movimento grevista marcado para o dia 25 de julho de 2012 e organizado pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro – MUBC, liderado pelo Sr. Nélio Botelho, quer acabar com conquistas importantes conseguidas a duras penas pelos transportadores autônomos de cargas brasileiros.

Esses pseudo-sindicalistas ligados à “cooperativas de transporte”, querem desregulamentar e retirar a transparência da atividade de transporte de cargas, em total retrocesso aos caminhos de formalização que o País têm adotado.

Cumpre destacar que o Sr. Nélio Botelho é presidente da Cooperativa Brasileira dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens (COBRASCAM), cooperativa que tem como principais clientes a Petrobras e a BR Distribuidora. Do alto de sua prepotência, Botelho têm afirmado que todos os seus cooperados no Brasil terão suas cargas cortadas na BR Distribuidora caso não participem da greve.

Assim, está claro que a “manifestação nacional dos transportadores de cargas” não se traduz em interesse legítimo de nossa categoria, posto que poderá prejudicar todo o trabalho que vem sendo realizado por Entidades sérias que desejam realmente melhores condições de trabalho e dignidade da atividade.

O movimento reivindica o adiamento por um ano da Lei que regulamenta a profissão de motorista, Lei 12.619/2012, pede a volta da carta-frete, além de solicitar o fim do Registro Nacional de Transportador Rodoviário de Carga (RNTRC), para que se façam novamente todos os registros, onerando ainda mais o bolso do caminhoneiro, entre outros disparates. Assim, fica evidente que o Movimento União Brasil Caminhoneiro é favorável à informalidade e desregulamentação do transporte rodoviário de cargas no país, o que mantém o caminhoneiro à margem da sociedade, provocando a degradação da atividade.

Ora, estas são conquistas legítimas e conseguidas com muito trabalho e dedicação das entidades que realmente representam os interesses do setor, que optam sempre pelo diálogo e contam com a atenção dos órgãos governamentais, para obter uma legislação adequada à nossa atividade como o RNTRC, vale-pedágio, fim da carta frete, multa por excesso de peso ao embarcador, pagamento de estadias, tempo de direção, entre outras ações que buscam moralizar nossa profissão.

Logo, a adesão a esta paralisação do dia 25 seria um retrocesso para a categoria, já que o Governo têm se mostrado sensível aos pleitos do setor e vem atendendo as nossas propostas no sentido de que se façam os ajustes necessários para dar melhores condições de trabalho aos transportadores de cargas.

Na realidade quem convoca o movimento procura ver atendido seus próprio interesses, e para atingi-los usa de forma irresponsável a figura do caminhoneiro.

Devemos mostrar a todos que somos uma categoria séria e que busca exercer sua atividade com responsabilidade social, tendo em contra partida uma remuneração justa e condições de trabalho dignas, sendo certo que não seremos usados por poucos oportunistas.

Diante deste cenário, a UNICAM informa sua posição de NÃO ADESÃO ao movimento paradista, por não reconhecer sua legitimidade e vantagem ao caminhoneiro.

Está claro que o Brasil, neste momento, não precisa de greve no transporte rodoviário de cargas, e sim de diálogo, entendimento e união em torno da categoria, essencial para a moralização e valorização do transporte rodoviário de cargas no país.

Para o Presidente da UNICAM, “greve é coisa séria, e deve ser encarada como o fim da negociação e não como meio para politicagem e alcançar interesse próprios!”

 

José Araújo "China" da Silva – Presidente da União Nacional dos Caminhoneiros - UNICAM

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