A CCR afirma que a decisão do governo de não autorizar a realização de novos investimentos no contrato da CCR NovaDutra não altera o compromisso da empresa com a qualidade na prestação de serviços aos usuários e com o cumprimentos das obrigações relativas à Rodovia Presidente Dutra - o contrato de concessão expira em 2021.
Em nota enviada ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, a empresa diz que "fez sua parte" e que, a pedido do Poder Concedente, realizou estudos, participou de um processo de audiência pública e elaborou um projeto executivo que permitiria o início quase imediato das obras.
"A CCR segue defendendo a importância da realização de novos investimentos na via Dutra, para melhorar ainda mais a segurança dos usuários da rodovia e para promover o desenvolvimento da infraestrutura brasileira", diz a empresa, ressaltando que cabe ao Poder Concedente definir se esses investimentos devem ou não ser feitos.
A companhia afirma que, ao longo dos últimos 20 anos, investiu mais de R$ 17 bilhões na rodovia, o que permitiu a melhoria dos indicadores de segurança da via - segundo a empresa, o índice de vítimas fatais na rodovia caiu 84% desde o início da concessão. "Isso só foi possível graças aos recursos aplicados na modernização da via e na montagem de um moderno sistema de atendimento aos usuários ao longo de toda a rodovia".
A empresa ainda lembra que acabou de concluir uma oferta pública de ações que culminou no aumento de seu capital em mais de R$ 4 bilhões e que, desta maneira, está preparada para realizar novos investimentos e para buscar novas oportunidades, no Brasil e no exterior.
"A CCR reafirma seu compromisso em contribuir para a modernização da infraestrutura, buscando novas concessões ou novos ativos, com o mesmo compromisso e transparência que sempre demonstrou com seus clientes, colaboradores, usuários, acionistas e a sociedade brasileira", diz a companhia.
Nesta terça, o governo anunciou que os contratos de concessão de rodovias da NovaDutra, CRT e Concer não serão prorrogados antecipadamente - o plano de ampliar o prazo dessas concessões previa a realização de investimentos e obras por meio de aditivos contratuais. No entanto, a decisão agora é deixar com que esses contratos caminhem até o fim, para que sejam relicitados.
Segundo o ministro dos Transportes, Portos e Aeroportos, Maurício Quintella, os contratos atuais serão respeitados até o término, em 2021. O ministro ainda disse que não há uma data específica para que as novas licitações aconteçam e que tudo vai depender de novos estudos que serão elaborados.
Procurada pelo Broadcast, a Triunfo, administradora da concessionária Concer, disse que não faria comentários sobre o tema.