Encontram-se atracados, desde as 18 horas de terça-feira (13), no porto da Seção Fluvial da 23ª Brigada de Infantaria de Selva – antiga Portobras – no Bairro Santa Rita, a balsa "Lady Patrícia" e o barco-empurrador "Carlos Pinto Júnior". A embarcação saiu de Belém às 19h15 do último sábado (10), de onde trouxe uma carga de 500 toneladas de equipamentos para a mineradora Vale, na Serra dos Carajás, mais exatamente 16 superbasculantes desmontadas e acondicionadas em contêineres. O mais importante, entretanto, é que o transporte foi feito pelo Rio Tocantins, transpondo a barragem de Tucuruí pelas eclusas.
Para o coordenador de operações portuárias da Rio Matapi Navegação e Logística, empresa responsável pelo transporte, Krystiano Souza Floriano, ouvido na tarde de ontem (14), pelo CORREIO DO TOCANTINS, a abertura desse tipo de transporte pelo rio abre novas perspectivas de logística na região: "A viagem pelo rio com a ajuda das eclusas foi um grande sucesso", resumiu ele, acrescentando que o Grupo Matapi tem mais de 25 anos navegando pelos rios da Amazônia e agora contabiliza mais essa viagem pioneira.
A balsa, que tem 70 metros de comprimento e 18,5 metros de largura, será descarregada nesta quinta-feira (15) para que a carga siga para Carajás por via terrestre.
Por telefone, o diretor de logística da empresa, José Erivaldo da Silva Filho, que estará hoje em Marabá para acompanhar essa operação, disse que, mais importante que inaugurar um novo tempo na logística da região, é a preservação do meio ambiente: "Esse pequeno transporte que nós acabamos de fazer representa a salvação de 59 árvores, que deixaram de ser abatidas pela abertura de estradas, pela poluição causada pelos combustíveis e por outros fatores que atacam a natureza", concluiu ele.