Artigo escrito por João Batista Dominici*
Mas:
- Será que as transportadoras brasileiras estão preparadas para atender a um brusco crescimento da demanda?
- Será que, diante das dificuldades em honrar dívidas recentes, as empresas vão encontrar facilidades de financiamento para atualização do parque de equipamentos, sucateado e profundamente defasado em comparação com Europa e Estados Unidos
- Será que o Ministro Tarcisio, da Infraestrutura, vai conseguir superar os problemas crônicos da nossa infraestrutura e recuperar na velocidade necessária dezenas de pontes e viadutos com limitação de capacidade portante em corredores essenciais como as BR 101, 116, 324
- Será que o SEST SENAT vai fazer a sua parte e criar cursos a distância para facilitar o acesso ao Curso de Motorista de Carga Indivisível, conforme obrigatoriedade imposta pela resolução 168/04 do CONTRAN, aos condutores que atuam no segmento?
- Será que estados importantes como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins e Maranhão, entre outros vão finalmente informatizar o processo de concessão de AET?
- Será que a PRF vai continuar impondo ao transportador 15 ou mais dias para agendar uma escolta policial, ou, à exemplo de outros países, vai transferir essa atividade para empresas privadas, mediante rigoroso processo de capacitação e certificação?
- Será que as concessionárias de rodovias vão continuar impondo ineficiências e baixa produtividade ao transporte limitando horários para o trânsito dos veículos?
Esses são apenas alguns dos obstáculos ao desenvolvimento do segmento, que se não enfrentados desde já, ainda que haja uma recuperação da economia, vão impedir ou limitar a oportunidade de recuperação das empresas.