Caminhoneiros voltam a trancar rodovias na próxima segunda

Publicado em
08 de Novembro de 2015
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Divulgado pelas redes sociais e pela imprensa de algumas regiões do país, como Sul e Nordeste, o anúncio de uma greve geral dos caminhoneiros autônomos, marcada para começar nesta segunda-feira (09.11), tem ares de incógnita em Mato Grosso. A mobilização estaria sendo feita pelos profissionais por fora de sindicatos, que se mostram contrários à paralisação.

Do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado (Sindicam), Roberto Pessoa descarta a possibilidade de greve neste momento. “O sindicato não participa. Não vai trazer vantagem nenhuma”, afirmou.

O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Tangará da Serra e Região, Edgar Augusto Laurini, diz que os profissionais que atuam no estado também não querem a paralisação.

Contudo, ele pondera que a categoria aguarda como a mobilização vai se refletir nas regiões do país onde está sendo anunciada e quanto à possibilidade de se alastrar pelo país.

Ao lembrar o protesto realizado em fevereiro passado e que teve início em Mato Grosso, Laurini diz que desta vez a mobilização é convocada pelo Comando Nacional de Transporte do Nordeste do país. Porém, a pauta de reivindicação não é de conhecimento de todos. “Não tem pauta de trabalho e precisamos de reivindicações fortes”, afirma.
Em Mato Grosso, segundo ele, os motoristas têm trabalhado em nível estadual e municipal com o intuito de conquistar algumas reivindicações, como a criação de uma tabela de preços do frete, que hoje é estabelecida de acordo com a necessidade do cliente. Isso apesar de o estado contar com a chamada “pauta do frete”, que estabelece o preço de acordo com a distância.

Embora sem uma pauta específica de reivindicação da categoria, a greve convocada pelo Comando Nacional do Transporte tem a pretensão de atingir todo o país. As lideranças, que admitem ter aliança com grupos anti-Dilma, como “Vem Pra Rua”, “Brasil Livre” e “Avança Brasil”, assumem publicamente que o objetivo é pressionar pela renúncia da presidente Dilma Rousseff.

Além disso, integrantes do movimento dizem que a lista de reivindicações permanece a mesma apresentada em fevereiro passado, como a redução do preço do óleo diesel, criação da tabela do preço mínimo do frete e carência de 12 meses para quem tem financiamento de caminhão no BNDES. À época, a greve dos caminhoneiros gerou problemas logísticos e ameaças de desabastecimento.

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