Caminhoneiros suspendem protesto contra ALL

Publicado em
17 de Agosto de 2010
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Os caminhoneiros suspenderam na manhã desta terça-feira (17) a paralisação que visava pressionar a ALL a melhorar as condições de trabalho nos terminais ferroviários de Alto Taquari e Alto Araguaia, em Mato Grosso. Os manifestantes haviam cruzado os braços e estavam sem descarregar nas duas unidades desde a manhã da segunda-feira (16).

Em reunião de negociação eles conseguiram que a empresa atendesse parcialmente suas reivindicações. A principal delas era o asfaltamento dos pátios dos dois terminais. Em época de seca, a poeira castiga os trabalhadores. E na chuva, a lama prejudica o trabalho deles.

Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário de Carga do Estado, Luiz Gonçalves da Costa, a ALL se comprometeu a colocar pó de brita no chão, num prazo de 120 dias. "É uma medida paliativa", reconhece.

A empresa também, de acordo com o sindicalista, vai parar de cobrar pelo uso dos banheiros e acabar com o sistema de chamada para descarga pelo alto-falante durante a madrugada.

Os motoristas que passam a noite esperando para descarregar reclamam que não conseguem dormir na boleia com medo de perderem a vez. "A empresa ficou de colocar um funcionário para ir acordar o caminhoneiro quando for a hora dele descarregar", diz Costa.

Caminhoneiros paralisam principal corredor de exportação de soja do País

Transportadores de cargas protestam por falta de condições em terminais do Mato Grosso.

Motoristas de transporte de carga paralisam nesta segunda-feira o principal corredor de exportação de soja do país, no Oeste do Mato Grosso. Desde o início da manhã, caminhoneiros estão mobilizados em protesto às péssimas condições dos terminais de Alto Taquari e Alto Araguaia, administrados pela operadora ferroviária América Latina Logística (ALL).

Motoristas reclamam que o pátio de espera dos terminais precisa ser pavimentado devido à intensa poeira nos períodos de seca e lama no período chuvoso, além de ampliar a capacidade de recebimento de grãos para diminuir o tempo de espera para o desembarque.

O Sindicato dos Caminhoneiros e a Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Mato Grosso (Fettremat) estão orientando as empresas e transportadoras a não enviarem os caminhões aos terminais.

Conforme o presidente da Fettremat, Luiz Gonçalves da Costa, os terminais Alto Araguaia e Alto Taquari recebem por dia pelo menos 1,3 mil caminhões.

- Essa é uma luta antiga dos motoristas que são obrigados a enfrentar precárias condições para poder trabalhar - apontou Costa, criticando também a longa espera para o descarregamento das cargas, podendo alcançar mais de 48 horas.

A mobilização tem o apoio de sete entidades ligadas ao transporte da carga no Mato Grosso. Os motoristas afirmam que só irão suspender o movimento mediante um compromisso formal da ALL junto ao Ministério Público do Trabalho a partir do qual a companhia se comprometa a resolver os problemas dos dois terminais.

Caminhoneiros param em protesto contra a ALL

 


 
 
Foto tirada no início do ano em Alto Taquari
 

Motoristas querem asfaltamento dos pátios dos terminais de Mato Grosso
NELSON BORTOLIN

 

Os caminhoneiros que descarregam grãos nos terminais da ALL em Alto Araguaia e Alto Taquari, no Mato Grosso, resolveram cruzar os braços até que a empresa ofereça uma solução para melhorar as condições de trabalho nesses locais.

Liderado pela Federação dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Carga do Estado, o protesto teve início na manhã desta segunda-feira (16) e só alguns caminhões entraram para descarga nos terminais, segundo os manifestantes.

"De 600 caminhões que tem capacidade para receber, Alto Araguaia só recebeu 30 hoje", garante o presidente da entidade, Luiz Gonçalves da Costa. Segundo ele, o movimento é pacífico e nenhum motorista está sendo impedido de entrar nos pátios da empresa. A principal reivindicação é o asfaltamento dos dois terminais. Em tempo de seca, a poeira torna precárias as condições de trabalho na ALL. Quando chove, a lama é a inimiga dos trabalhadores.

"Passamos a semana passada inteira convencendo os caminhoneiros a não irem para os terminais. E 90% deles aderiram", afirma Costa. Segundo ele, a maior parte dos caminhões está nos pátios das transportadoras ou em terminais de embarcadores como os da Cargil.

Em Alto Taquari, os líderes do movimento estão concentrados a mil metros do terminal da ALL, num cruzamento da BR 364. Ali eles tentam convencer os caminhoneiros que ainda não aderiram ao protesto.

Segundo o presidente da federação, haverá uma reunião com a ALL na manhã desta terça-feira. "Enquanto a empresa não assinar um acordo, nós não vamos desistir", garante.

O movimento conta com o apoio dos empresários do transporte de carga. "Enquanto o transportador rodoviário for tratado dessa forma pela ALL fica difícil", reclama o presidente do Sindicato das Transportadoras do Mato Grosso, Gilvando Alves de Lima.

"Os pátios estão em péssima situação. Os caminhoneiros têm o direito de trabalhar em condições dignas. Efetivamente a ALL não tem dado a esse assunto a importância que merece", complementa.

O diretor executivo da Associação dos Transportadores de Carga (ATC) de Rondonópolis, Miguel Mendes, foi ontem a Alto Taquari prestar solidariedade aos caminhoneiros. "O que pode por fim a este movimento é a ALL assumir o compromisso por escrito de asfaltar os pátios. Estou vindo de lá agora e estou quase sem voz devido à irritação causada pela poeira", revelou ele nesta segunda-feira à Carga Pesada.

Os problemas nos terminais da ALL são velhos conhecidos dos transportadores graneleiros e costumam se agravar em época de safra. Clique aqui e veja matéria da Carga Pesada feita no início do ano.

A reportagem não conseguiu contato na noite desta segunda-feira com a assessoria da empresa. No terminal de Alto Taquari, o funcionário que atendeu a ligação disse que não havia ninguém que pudesse comentar o protesto.

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