Superintendente afirma que a PRF vai intensificar as fiscalizações em 2019 para evitar que veículos com excesso de peso circulem nas rodovias
Nos primeiros 22 dias do ano, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou, no total, 180 toneladas de excesso em caminhões que passam pelas rodovias federais que cortam o Espírito Santo.
Caminhões e carretas têm sido preocupação nas rodovias que cortam o ES. Em apenas uma ação da PRF, 60 toneladas acima do permitido, no total, foram flagradas, sendo que um caminhoneiro que carregava um bloco de pedra foi responsável por 26 toneladas desse excesso.
O superintendente da PRF, Willys Lyra, explica o motivo da existência do limite e as consequências que o excesso de carga pode causar. "Se há uma limitação no veículo, essa limitação é para dar segurança. Os riscos são o caminhoneiro não conseguir desenvolver a velocidade normal da via, ou quando excede a velocidade, o caminhoneiro não consegue fazer uma curva ou ter a frenagem adequada. Há também o dano que ele causa ao asfalto", reforçou Lyra.
Para quem não se recorda, o caminhão que causou o pior acidente de transporte terrestre da história do Espírito Santo, em junho de 2017, estava com excesso de peso, pneus carecas e defeitos nos freios. O caminhão invadiu a contramão e atingiu um ônibus. Outras duas ambulâncias também acabaram envolvidas no acidente. 23 pessoas morreram e 22 ficaram feridas.
Após esse acidente, a PRF intensificou a fiscalização nas rodovias e, em 2018, houve uma queda de 60% de excesso de cargas. Porém, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, essa redução não se deve a quantidade, mas, sim, na intensidade das infrações. Antes, em 2017, eram seis toneladas, em média, o excesso com que caminhoneiros trafegavam. Em 2018, a média caiu para uma tonelada. Agora, a preocupação para 2019 é que os infratores voltam a exceder, em muito, a quantidade de peso.
"Antes, os veículos passavam com 10, 20 toneladas acima do permitido, mas vieram reduzindo para três, quatro toneladas. Parecia que estavam voltando ao normal. Mas, este ano, já percebemos que eles estão retornando com transporte com volume maior no excesso de peso", avaliou o superintendente.
Willys ainda afirmou que a PRF vai intensificar a fiscalização e continuar com o trabalho, para que não tenha mais veículos nestas situações.