Categoria se reunirá no fim de semana para debater ajustes na tabela
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) voltará a se reunir com representantes dos caminhoneiros na próxima semana para debater a tabela com os preços mínimos de fretes para o transporte rodoviário. Segundo informações da Agência Brasil, a ANTT disse que segue empenhada em encontrar “uma solução que harmonize os interesses de produtores, transportadores e sociedade”.
“A categoria presente se reunirá durante o fim de semana para aprofundar as conversas sobre os ajustes na tabela de frete mínimo. Na segunda-feira, dia 11, os representantes voltam a se reunir com a Agência", diz a nota da entidade.
Nessa sexta-feira, ANTT e representantes dos caminhoneiros se reuniram para discutir mudanças no tabelamento de frete. Em nota publicada pela manhã, a ANTT disse que a reunião com os caminhoneiros seria “puramente” técnica e que não produzirá efeitos imediatos. “As questões técnicas da tabela continuarão em discussão na Agência e com o setor, a fim de chegar a uma solução que harmonize os interesses de produtores, transportadores e sociedade”, disse a nota.
A indefinição no preço do frete para o transporte rodoviário de cargas ganhou um novo capítulo na sexta-feira. O governo adiou mais uma vez a divulgação da terceira versão da tabela com os preços mínimos dos fretes para a semana que vem, enquanto o ministro dos Transportes, Valter Casimiro, sinalizou que poderá haver preços diferentes para períodos de safra e entressafra. Com a suspensão do texto, voltará a vigorar a primeira versão, do dia 30 de maio. Especialistas avaliam que, apesar da indefinição no valor do frete, já é certo que o aumento do custo será rateado entre a população, o setor produtivo e o próprio governo. É que ele significará alta de preços para o consumidor ou corte em rentabilidade para produtores e empresas. A consequência, dizem os consultores, virá em corte de investimentos, menos empregos e queda na atividade econômica, encolhendo a arrecadação pública.
O tabelamento do frete foi uma das reivindicações de caminhoneiros atendidas pelo governo no fim do mês passado para tentar terminar com a paralisação que durou 11 dias, afetando amplos setores da economia.
Ainda na tarde de sexta-feira, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou que mais 46 transportadoras paguem, em 5 dias, R$ 506,5 milhões em multas judiciais pelo descumprimento da liminar que determinava o desbloqueio imediato das rodovias, durante a paralisação dos caminhoneiros