Caminhoneiros colombianos, em greve há quase duas semanas, aumentaram a pressão contra o governo nesta terça-feira, bloqueando as principais vias da capital, Bogotá, e forçando milhares de pessoas a ir a pé para o trabalho.
Imagens mostradas pela televisão mostraram centenas de caminhoneiros em diferentes partes de Bogotá, estacionados lado a lado no meio das principais ruas e estradas, provocando uma paralisação das vias em pleno horário de rush matutino. Em alguns locais, taxistas se juntaram à greve em solidariedade aos caminhoneiros.
"A cidade está parada", disse Pedro Aguilar, presidente da Associação de Caminhoneiros Colombianos, ou ACC, que organizou a greve.
Na medida em que a greve avança, café, carvão e outros importantes itens da pauta de exportações não saem do país. Os exportadores de café fizeram estoques extras em armazéns portuários semanas atrás, antecipando-se à greve que começou em 3 de fevereiro, mas esses estoques já começam a acabar.
A Asoexport, associação colombiana de exportadores de café, disse que precisa dos caminhoneiros para levar o produto da região produtora no interior até o porto de Buenaventura, no Pacífico.
A Asecarga, associação de empresas de carga, disse que a greve já provocou perdas de mais de 300 bilhões de pesos (US$ 158 milhões).
Os caminhoneiros protestam contra um decreto do governo, assinado no mês passado, que desregulamenta o setor, eliminando a "tabela de custos de frete" que estabelece o valor mínimo do frete para os caminhoneiros.