Caminhoneiros bloqueiam distribuidoras de combustíveis e rodovias em Goiás pedindo aumento no valor do frete e redução no diesel

Publicado em
21 de Maio de 2018
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Protesto ocorre em Goiânia, Senador Canedo, e outras cidades do país; sindicatos afirmam que, atualmente, 75% do valor pago pelo transporte é gasto com abastecimento dos veículos

Caminhoneiros fecham distribuidoras de combustíveis pedindo piso do frete, em Goiás

Grupos de caminhoneiros fecharam, nesta segunda-feira (21), várias distribuidoras de combustíveis em Goiânia e Senador Canedo, além de rodovias federais no sul e sudeste de Goiás e Entorno do Distrito Federal. O protesto da categoria é em defesa da criação do piso para o frete pago pelas empresas, além de ser contra o aumento do preço do óleo diesel. O ato também acontece em outras regiões do país.

O G1 entrou em contato às 7h20 desta segunda-feira, por email, e tentou contato por telefone, com o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados do Petróleo do Estado de Goiás (Sindipetro), bem como com a administração das unidades afetadas, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.

De acordo com Vantuir José Rodrigues, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga, atualmente o preço do serviço é definido pelas empresas que contratam os serviços dos caminhoneiros. Por conta disto, eles pedem a aprovação do Projeto de Lei 528, que estabelece um valor mínimo a ser pago a categoria. Além disto, os trabalhadores reclamam do valor do óleo diesel.

“A categoria está passando por dificuldades, e dificuldades que, agora, com este aumento constante do óleo diesel, a categoria não resiste mais a trabalhar. 75% do frete hoje está indo tudo no petróleo”, disse.

Veja os pontos bloqueados por manifestantes

BR-158, em Caiapônia – km 157, interdição total.
BR-153, em Itumbiara – km 699, interdição total
BR-050, em Catalão – km 279 com interdições parciais. Motoristas tentam convencer outros profissionais a se juntar ao movimento
BR-050, em Catalão - km 283 com interdições parciais. Motoristas tentam convencer outros profissionais a se juntar ao movimento
BR-040, em Luziânia – km 10, interdição total apenas para caminhoneiros
BR-020, em Formosa – km 1,8, motoristas convidam outros profissionais a pararam fora da faixa de rolamento para aderir ao movimento.

O protesto começou na madrugada desta segunda-feira. Em Goiânia, por volta das 4h, dezenas de motoristas, que chegavam à distribuidora do Jardim Novo Mundo, na região leste da capital, aderiram ao ato, bloqueando o portão de entrada do local.

No início da manhã, além de Goiás, havia atos em pelo menos oito Estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Aumento do diesel
Na sexta-feira (18), a Petrobras anunciou o quinto reajuste diário seguido no valor do diesel, que começou a valer no sábado (19). A empresa elevou os preços do diesel em 0,80% e os da gasolina em 1,34% nas refinarias.

Na véspera, a companhia elevou em 1,80% o preço da gasolina, e subiu 0,95% o preço do diesel. No acumulado na semana, a alta chega a 6,98% nos preços da gasolina e de 5,98% no diesel. A decisão de repassar o aumento do valor da combustível cobrado pela Petrobras para o consumidor final é dos postos de combustíveis.

A Petrobras explicou que os combustíveis derivados do petróleo, como o diesel, têm o preço ligados ao mercado internacional e varia diariamente. Com isso, a estatal informou que não tem o poder de formar os preços. "As revisões de preços feitas pela Petrobras podem ou não se refletir no preço final ao consumidor", consta o comunicado.

Além disso, apenas metade do valor do diesel é de responsabilidade da Petrobras, sendo a outra parcela formada por impostos e outros tributos. Por fim, pontuou que "as distribuidoras não têm a Petrobras como seu supridor exclusivo e os demais produtores e importadores praticam sua própria política de preços".

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