Na noite da última quinta-feira, 08 de agosto, o caminhoneiro Adeir dos Anjos , de 62 anos, e de seu ajudante, Deivid Sangi da Costa, de 29, seguiam pela Rua Cajurana, no Rio de Janeiro. Ao se aproximarem do viaduto, que está em obras, o motorista reduziu a velocidade.
Quando percebeu que o contêiner que estava na carroceria encostou na estrutura, o caminhoneiro deu marcha-a-ré. A viga de concreto virou e se partiu, atingindo exatamente a cabine do caminhão. O caminhoneiro e seu ajudante morreram em baixo de 55 toneladas de concreto e aço.
A prefeitura afirmou, por meio de duas notas, que o viaduto estava dentro do padrão. Primeiramente informando que a altura mínima exigida para obras do tipo seria de 5,8 metros para vias expressas e 4,8 metros para vias arteriais, como é o caso da Rua Cajurana. Depois, durante a manhã da sexta, disse que as alturas seriam de 5,5 metros e 4,5 metros, para vias expressas e arteriais, respectivamente, e que a altura da viga que caiu seria de mais de 4,5 metros.
A prefeitura afirmou ainda que o caminhão ultrapassava a altura máxima, que seria de 4,5 metros. A reportagem do Jornal Extra esteve no local e mediu a altura do caminhão com a carga. No ponto mais alto, o veículo mediu 4,33 metros, bem abaixo da altura máxima informada pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
Também é possível notar, por fotos tiradas da obra, que as vigas instaladas no local são mais baixas do que a estrutura que já existia, e também não havia sinalização sobre a nova altura.
O caminhoneiro e seu ajudante, mortos no acidente, ficaram presos em baixo da viga de concreto por mai de 12 horas, até que os bombeiros conseguissem retirar seus corpos.
Agora resta uma pergunta: Quem será responsabilizado por essas duas mortes?
Pelo que tudo indica, o erro aqui foi na obra, não no caminhão, e o caminhoneiro e seu ajudante morreram por culpa de terceiros. A Polícia Civil está investigando o caso.