Caminhões usados virarão crédito para renovar frota

Publicado em
24 de Outubro de 2013
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O estado do Rio tem hoje uma frota de 137 mil caminhões, dos quais 51% somam mais de 20 anos de estrada. Veículos que, além de constantes paradas para manutenção, são mais poluentes, menos eficientes e que, com isso, dificultam o desempenho no transporte de carga.

O lançamento na quarta-feira do Programa de Incentivo à Modernização, Renovação e Sustentabilidade da Frota de Caminhões pelo governo do estado do Rio, na cidade de Resende, região sul do estado, visa a substituição de até 40 mil veículos em cinco anos. Metade deles seriam caminhões zero quilômetro. A meta é que a idade média da frota rodante seja de até 16 anos, até 2018.

O programa foi elaborado pela secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico e faz parte do projeto "Rio, Capital da Energia", que tem como uma das metas a redução na emissão de gases . A Age Rio, agência de fomento ligada ao estado, é um agente que poderá financiar os veículos. As primeiras duzentas unidades serão adquiridas pela empresa de logística e transportes JSL e pelo Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio.

"A intenção de criar o programa já vinha sendo amadurecida há dois anos. Mas começou mesmo a ser desenhada há um ano, junto com empresas, entidades da área e autoridades. O projeto de lei foi encaminhado no primeiro semestre para a Alerj e depois iniciamos o processo de certificação das empresas recicladoras", explica o secretário de Desenvolvimento, Julio Bueno.

Para participar do programa, o proprietário do caminhão, ou mesmo um frotista, entrega o veículo antigo — desde que tenha mais de 20 anos de uso — para uma empresa recicladora, certificada pelo Instituto de Pesos e Medidas (IPEM). As siderúrgicas Votorantim e Gerdau foram as duas primeiras a serem habilitadas. Segundo Bueno, essas companhias usarão a sucata dos velhos caminhões em seu processo de produção de aço.

Uma das principais condições para adesão ao programa é que o caminhão esteja devidamente regularizado e de acordo com as normas vigentes do Detran. O caminhão antigo será comprado pelo valor da tonelada da sucata gerada. Além de abater o valor do caminhão, o proprietário terá isenção do ICMS, hoje de 12%, na compra de caminhões novos produzidos no estado.

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