Maior retração no acumulado até maio afeta modelos de médio porte
MÁRIO CURCIO, AB
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A queda no segmento de caminhões persistiu no mês de maio, quando 4,1 mil unidades foram licenciadas, um total 3% menor que o de abril. No acumulado do ano, os 21,4 mil veículos emplacados registram recuo de 31,2% ante os mesmos meses de 2015. O segmento com maior retração, de 41,8%, é o de caminhões médios. Já os pesados, que fecharam 2015 com mais de 60% de retração, recuaram até maio 11,5%.
“Não há uma explicação muito lógica para isso. Em princípio estão caindo menos os segmentos que tiveram queda mais acentuada em 2015”, afirma Luiz Carlos Gomes de Moraes, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
- Veja aqui os números da Anfavea.
A persistência dos fracos números, com média inferior a 4,3 mil caminhões emplacados por mês, levou a Anfavea a rever as projeções para 2016. A estimativa de 76,1 mil veículos pesados licenciados até o fim do ano (caminhões e ônibus) foi recalculada para 66 mil unidades. Assim, a previsão de queda ante 2015, que seria de 13,9%, se acentuou para 25,4%.
RITMO SEMELHANTE NA PRODUÇÃO
A produção de caminhões em maio somou 5,3 mil unidades e teve leve alta de 2,6% sobre abril. Os semipesados registraram a maior alta no mês, 16,3%, mas também acumulam a maior queda (48,6%) ante os mesmo cinco meses do ano passado. A fabricação total de caminhões nos primeiros cinco meses foi de 25,7 mil veículos e queda de 29,2%, pouco menor que a registrada no mercado interno. “O nível de ociosidade nas indústrias do setor continua acima de 70%”, afirma o presidente da Anfavea, Antonio Megale.
MERCADO EXTERNO
Em maio foram enviados 1,8 mil caminhões, 9,4% a mais que em abril, mas o total embarcado no acumulado do ano (7,6 mil unidades) resulta em queda de 6,7% ante os mesmos meses de 2015. Anfavea informa que continua trabalhando com o governo a fim de abrir fronteiras, mas a entrada de um caminhão num novo mercado é demorada.
“Não basta colocar o veículo à venda. É preciso ter toda a estrutura de aftermarket antes disso porque esses veículos vão cobrir uma grande extensão e não podem ficar parados, por exemplo, com uma carga perecível”, recorda Marco Saltini, outro vice-presidente da associação dos fabricantes. Os modelos pesados registraram o maior volume de embarques no acumulado do ano, 2,9 mil unidades, e tiveram pequena queda de 5,8% ante os mesmos meses do ano passado.
MOMENTO É PIOR PARA ÔNIBUS
O licenciamento de ônibus de janeiro a maio soma pouco mais de 4,7 mil unidades, o que resulta em queda de 42,8% ante o mesmo período de 2015. Os ônibus emplacados somente em maio, 1.065 unidades, registraram alta de 16,3% sobre abril, mas não animam a entidade: “Não parece um bom indicador. Provavelmente reflete a entrega de algum lote”, afirma Moraes.
O baixo volume de compras do governo e indefinições para a renovação da frota paulistana motivam o fraco desempenho do setor. A produção de ônibus de janeiro a maio somou 7,4 mil unidades e resultou em queda acentuada de 38,5% ante os mesmos meses do ano passado. Os modelos urbanos, que representam o maior volume no período (5,5 mil), também tiveram a queda mais acentuada, de 41,1%.
As exportações cresceram 11,1% ao somar até maio 2,9 mil unidades. Do total, 1,9 mil eram modelos urbanos, que anotaram alta de 47,6% sobre o mesmo período do ano passado. O crescimento dos embarques desse tipo de veículo deverá sustentar a pequena alta de 1% estimada pela Anfavea para o envio de veículos pesados ao exterior até o fim do ano.
“Não há uma explicação muito lógica para isso. Em princípio estão caindo menos os segmentos que tiveram queda mais acentuada em 2015”, afirma Luiz Carlos Gomes de Moraes, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
- Veja aqui os números da Anfavea.
A persistência dos fracos números, com média inferior a 4,3 mil caminhões emplacados por mês, levou a Anfavea a rever as projeções para 2016. A estimativa de 76,1 mil veículos pesados licenciados até o fim do ano (caminhões e ônibus) foi recalculada para 66 mil unidades. Assim, a previsão de queda ante 2015, que seria de 13,9%, se acentuou para 25,4%.
RITMO SEMELHANTE NA PRODUÇÃO
A produção de caminhões em maio somou 5,3 mil unidades e teve leve alta de 2,6% sobre abril. Os semipesados registraram a maior alta no mês, 16,3%, mas também acumulam a maior queda (48,6%) ante os mesmo cinco meses do ano passado. A fabricação total de caminhões nos primeiros cinco meses foi de 25,7 mil veículos e queda de 29,2%, pouco menor que a registrada no mercado interno. “O nível de ociosidade nas indústrias do setor continua acima de 70%”, afirma o presidente da Anfavea, Antonio Megale.
MERCADO EXTERNO
Em maio foram enviados 1,8 mil caminhões, 9,4% a mais que em abril, mas o total embarcado no acumulado do ano (7,6 mil unidades) resulta em queda de 6,7% ante os mesmos meses de 2015. Anfavea informa que continua trabalhando com o governo a fim de abrir fronteiras, mas a entrada de um caminhão num novo mercado é demorada.
“Não basta colocar o veículo à venda. É preciso ter toda a estrutura de aftermarket antes disso porque esses veículos vão cobrir uma grande extensão e não podem ficar parados, por exemplo, com uma carga perecível”, recorda Marco Saltini, outro vice-presidente da associação dos fabricantes. Os modelos pesados registraram o maior volume de embarques no acumulado do ano, 2,9 mil unidades, e tiveram pequena queda de 5,8% ante os mesmos meses do ano passado.
MOMENTO É PIOR PARA ÔNIBUS
O licenciamento de ônibus de janeiro a maio soma pouco mais de 4,7 mil unidades, o que resulta em queda de 42,8% ante o mesmo período de 2015. Os ônibus emplacados somente em maio, 1.065 unidades, registraram alta de 16,3% sobre abril, mas não animam a entidade: “Não parece um bom indicador. Provavelmente reflete a entrega de algum lote”, afirma Moraes.
O baixo volume de compras do governo e indefinições para a renovação da frota paulistana motivam o fraco desempenho do setor. A produção de ônibus de janeiro a maio somou 7,4 mil unidades e resultou em queda acentuada de 38,5% ante os mesmos meses do ano passado. Os modelos urbanos, que representam o maior volume no período (5,5 mil), também tiveram a queda mais acentuada, de 41,1%.
As exportações cresceram 11,1% ao somar até maio 2,9 mil unidades. Do total, 1,9 mil eram modelos urbanos, que anotaram alta de 47,6% sobre o mesmo período do ano passado. O crescimento dos embarques desse tipo de veículo deverá sustentar a pequena alta de 1% estimada pela Anfavea para o envio de veículos pesados ao exterior até o fim do ano.