Caminhões grandes, só em estradas federais

Publicado em
05 de Junho de 2013
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Sem conservação, estradas gaúchas estão no limite

As rodovias que percorremos, a BR 158 e a BR 192, são antigas e estão  sem qualquer conservação há muito tempo. Há proibição de tráfego na maioria das estradas estaduais  para bitrens,  dificultando a  vida dos motoristas. E a existência de uma terceira pista é algo raro de se ver. Este foi o panorama com que a equipe da Globo Rural se deparou ao chegar nas proximidades de Pelotas, após percorrer 518 km pelo principal corredor de movimentação de grãos do  Rio Grande do Sul.

Atravessamos apenas um trecho de pedágio, com uma tarifa módica para o veículo bitrem com que estamos fazendo o percurso, o Scania R620 com sete eixos. No entanto, mesmo no trecho pedagiado, não encontramos sinal algum de obra recente para melhorar a rodovia e seu piso, que dá sinais de ter ultrapassado seu prazo de validade e começa a se soltar a olhos vistos.

Esses ingredientes tornam a rota perigosa e próxima de trazer dificuldades ainda maiores para a próximasafra se nada for feito. Levantamento divulgado pelo Departamento Autônomo de Estradas do Rio Grande do Sul (Daer)  apontou que, nos 910 km de trechos pedagiados no estado, 30% necessitam de reparos imediatos, 24% precisam de consertos urgentes e que 8% do pavimento ultrapassou sua vida útil.

De fato, a situação da conservação das estradas é bastante inferior às do Paraná e mesmo de Santa Catarina. A proibição do tráfego de veículos pesados nas estradas  estaduais, por exemplo, aconteceu  porque pelo menos 225 pontes no estado  tinham capacidade para suportar a passagem de veículos com até 24 toneladas de carga, segundo o Daer, enquanto um bitrem roda com carga próxima a 40 toneladas. Algumas pontes já estão sendo reforçadas. Caminhões de grande capacidade, porém, só nas estradas federais.

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