Caminhões geram 33% dos acidentes

Publicado em
08 de Dezembro de 2011
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No Brasil, atualmente, 5% da frota de veículos é composta por caminhões, no entanto, os mesmos representam 33% dos acidentes rodoviários. Exemplos, para ilustrar este número, não faltam e vão de acidentes com cargas perigosas, comuns e até mesmo com peças gigantes como uma utilizada para realizar exploração de petróleo.

Para discutir esta questão, o indSeg-SP (Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização do Estado de São Paulo), em parceria com a FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), realizou, em São Paulo, o 1º Seminário sobre Veículos Pesados, Cargas e Implementos Rodoviários.

O volume de acidentes apresentados por veículos pesados é realmente alarmante, de acordo com dados da NTC & Logística, todo ano acontecem 97.400 ocorrências, das quais, os caminhões respondem, como o já mencionado, por 33%. Nas rodovias brasileiras, morrem 85 mil pessoas anualmente, além de que os choques e colisões acarretam em um prejuízo de R$ 8,5 bilhões.

As causas destes acidentes, de acordo com dados apresentados no evento, são na maioria das vezes falhas humanas, três quartos de todos os casos envolvendo caminhões. Outra característica, desta vez envolvendo transporte de produtos perigosos, é que em 63% dos acidentes, com estas características, os veículos apresentam irregularidades em relação aos cuidados especiais demandados para a movimentação deste tipo de carga.

“Todos sabemos o quanto esse tema é delicado, não só pelo aspecto humano, mas também pelo econômico e social”, explica Fernando Simões, secretário executivo do Sindseg – SP. A ideia do evento surgiu pelo fato das seguradoras terem que se deparar, cada vez mais, com este tipo de situação como lembrou Neival Freitas, diretor geral da FenSeg: “O setor de seguros gerais, que reúne a maior parte das coberturas envolvidas nesse tipo de incidente, tem crescido muito acima da economia. Porém, até hoje, a formação do corretor tem sido muito básica, direcionada para os seguros massificados. Essas coberturas novas e/ou especializadas ainda carecem de treinamento”, aponta.

Durante o seminário vários temas foram abordados como legislação e fiscalização sobre transporte de produtos perigosos; transporte com autorização especial; colaboração entre centro de pesquisas e montadoras; rastreamento de reboques, semirreboques e carroceria; como a polícia trata de roubos e furtos de carga; entre outros assuntos.

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