Os auditores fiscais da Receita Federal estão em greve desde o dia 2 de dezembro, quando iniciaram a operação padrão nas aduanas, incluindo portos aeroportos e zonas de fronteiras, reduzindo a fiscalização no transporte de mercadorias e afetando os canais de importação e exportação. Os servidores contra o adiamento do reajuste salarial e aumento da contribuição previdenciária dos servidores.
Independentemente da legitimidade ou não da paralisação, fato é que tal manifestação vem trazendo transtornos imensos para diversos segmentos da economia, principalmente o de transporte internacional de cargas. A preocupação da área Internacional da NTC&Logística não apenas abrange os prejuízos que essa situação vem trazendo para o setor, mas principalmente pelo descaso com os motoristas.
Segundo Sonia Rotondo, diretora da área Internacional da NTC, os caminhões que ingressam pelo porto de Dionísio Cerqueira/SC, por exemplo, têm demorado de 20 a 28 dias para serem liberados. “As empresas estão encontrando dificuldades em operar no transporte internacional, principalmente por falta de motoristas, já que os mesmos não estão dispostos a deixarem suas casas sem previsão de retorno. Isso é desumano”, explica Sonia.
Sonia pondera que nessa situação, da retenção do veículo por tanto tempo, a aduana deveria baixar a carga e liberar o caminhão. “Assim, o motorista consegue retornar para sua casa enquanto a carga é avaliada, inspecionada e liberada”. Segundo a executiva, as transportadoras não estão conseguindo cumprir seus contratos e vem sofrendo grandes prejuízos. “Não conseguem honrar seus compromissos por conta da demora na liberação do caminhão com a carga. Caminhão só é rentável quando está rodando carregado”, ressalta.
Na tabela abaixo é possível ter uma ideia do custo da hora parada do caminhão.