Caminhão leve acelera vendas

Publicado em
04 de Novembro de 2010
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Os revendedores de caminhões leves, com capacidade de carga máxima de 2,5 toneladas, estão comemorando o sucesso nas vendas. Em alguns casos, o crescimento no acumulado de 2010 em relação à igual período do ano passado chega a 30% na Capital. A proibição estabelecida em determinadas vias de Fortaleza para o trânsito de veículos mais pesados e o fortalecimento da economia, com a geração de mais entregas de mercadorias e serviços têm contribuído para esse fenômeno.

"Todos os meses a gente pede cerca de 50 carros com essas características, mas a fábrica só manda uns 15. É preciso triplicar a produção para suprir a demanda", revela o sócio-proprietário da DHZ Comércio de Veículos, Hildo Leitão.

"Nos últimos quatro anos, só em Fortaleza, já vendemos cerca de 2 mil caminhões HR (caminhão leve da Hyundai com capacidade para levar 1.800 kg), que custam, em média, R$ 56 mil. Estamos com muitos clientes na fila. A espera gira em torno de 20 a 30 dias", complementa.

Para o diretor da revendedora Orion Kia, Lúcio Salazar, que trabalha com o caminhão Bongo, fabricado na Coreia do Sul; uma série de fatores é responsável por essa procura que mostra ascendência.

"É um veículo prático para dentro das grandes cidades, econômico por funcionar a diesel, e que requer apenas habilitação categoria B, o que facilita a contratação do motorista", informa, lembrando que o público-alvo desse segmento são empresas que precisam entregar seus produtos de forma rápida e eficiente. "Além disso, o valor médio é de R$ 50.400. A venda pode ser financiada, hoje, em até 60 meses", completa, ressaltando que, por conta dessas vantagens, e a pequena diferença de preço, os utilitários menores estão sendo substituídos pelos empresários por esse tipo de caminhão leve.

Segundo ele, no acumulado desse ano em relação à igual intervalo de 2009, as vendas do Bongo subiram entre 20% e 30% na concessionária.

"Isso está acontecendo em todas as grandes cidades do País. Percebendo isso, para atender o mercado sul-americano, a Kia inaugurou uma fábrica exclusiva para esse tipo de caminhão no Uruguai", pontuou Lúcio.

Em fevereiro, a Prefeitura de Fortaleza restringiu o trânsito de veículos com tara acima de 2,5 toneladas em algumas vias dos bairros Aldeota, Meireles, Dionísio Torres, São João do Tauape, Joaquim Távora e Fátima. Na visão de especialistas, a alternativa encontrada foi a aquisição de veículos de menor porte, especialmente, para realizar as entregas.

JANEIRO A SETEMBRO

Emplacamentos saltam 15% no ano

Carros populares continuam entre os mais vendidos, Uno Mille lidera, seguido por Gol, Corsa, Celta e Siena

O fim da redução do IPI não inibiu que parte dos cearenses trocasse o carro velho por um zero quilômetro este ano. A quantidade de emplacamentos cresceu 15% no acumulado de primeiro de janeiro até o último dia 23 de setembro, segundo o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave/CE), Fernando Ponte.

"Até esta data (última quinta-feira), foram vendidos 38.760 automóveis em todo o Ceará. O que dá uma média de 4.500 carros por mês, o que é 15% acima da média de 2009. Em relação a agosto também houve um incremento. A alta foi de praticamente 4%. Foram emplacados 3.191 automóveis entre primeiro e 23 de agosto e similar intervalo deste mês de setembro contra 3.069″, destaca.

Na opinião do representante da Fenabrave/CE, isso se deve ao comportamento das promoções feitas por parte das revendedoras de veículos e às facilidades na obtenção de crédito, com prazos mais elásticos. "Cerca de 70% das vendas são financiadas. Além do mais, o setor está eufórico. Devemos aproveitar bem esse momento. As perspectivas para fechar o ano são as melhores possíveis", explica Fernando Ponte sobre a forma como foi compensada a retirada do benefício do IPI reduzido.

"Há uma boa variedade de modelos e oportunidades de negócios", completa.

Mais vendidos

Segundo a Fenabrave, os carros populares, modelo 1.0, continuam entre os campeões de vendas. Na Capital cearense, por exemplo, o Fiat Uno responde por 9,49% de todos os veículos vendidos. Em seguida, Gol e Corsa vêm empatados com 8,52%. Celta, com 7,61%, e Siena, com 6,27% de participação fecham os mais vendidos.

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