Cai número de empresas que pretendem investir, diz CNI

Publicado em
16 de Janeiro de 2013
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou nesta terça-feira pesquisa revelando que 85,4% das empresas brasileiras pretendem investir em 2013. O patamar é 5,2 pontos porcentuais superior ao efetivamente realizado no ano passado (80,2%). Essa disposição em investir, porém, é a menor desde 2009, quando 86,6% das indústrias anunciaram a intenção de investir no ano seguinte. A primeira vez que a CNI divulgou o levantamento foi há quatro anos.

A pesquisa ressalta que 60% das companhias que têm a intenção de investir este ano continuarão projetos já em andamento, enquanto 40% têm foco em novos projetos. Conforme a CNI, esses porcentuais são praticamente iguais aos apurados nas intenções de investimento para 2012. A pesquisa foi realizada entre 25 de outubro e 30 de novembro de 2012 com 584 empresas, das quais 245 de grande porte, 266 médias e 73 pequenas.

Mercado interno. Outra conclusão do levantamento é que as empresas brasileiras estão cada vez mais investindo com foco no mercado doméstico. Para 2013, 80,6% das empresas que pretendem investir têm como objetivo somente ou principalmente o mercado doméstico. Apenas 4,7% das empresas estão de olho principal ou exclusivamente no mercado externo. Conforme a CNI, este patamar relacionado ao mercado internacional é o mais baixo dos últimos 10 anos.

Apesar de a pesquisa sobre investimentos ter apenas quatro anos, a informação era coletada pela Confederação há mais tempo. A entidade salientou que, nos últimos 10 anos, o indicador de difusão do mercado externo foi reduzindo-se continuamente de 35 pontos para 20,5 pontos. O indicador varia de zero a 100 e valores abaixo de 50 refletem foco no investimento voltado para o mercado interno.

Objetivos. Na pesquisa, a CNI ressaltou que a introdução de novos produtos ganhou importância como objetivo de investir. Mesmo assim, a melhoria do processo produtivo é a principal meta para o direcionamento de recursos este ano: 34,8% de assinalações.

A introdução de novos processos produtivos perdeu importância nos planos de investimento, passando de 5,2% das respostas em 2012 para 4,3% este ano. O aumento da capacidade produtiva também aparece como razão importante para o investimento, sendo a segunda razão mais apontada pelas indústrias (28,3%).

As duas principais razões para o investimento perderam importância na passagem de 2012 para 2013. A introdução de novos produtos no mercado passou de 15,4% para 18,4%.

Máquinas e equipamentos. A CNI identificou que 57,9% das empresas consultadas pretendem comprar máquinas e equipamentos em 2013. O porcentual é maior do que os 45,9% vistos no ano passado. O levantamento também revelou que o índice de difusão ficou em 55,7 pontos sobre a expectativa de compra desses tipos de produtos. A grandeza do indicador demonstra que as aquisições vão aumentar em relação a 2012, já que ele varia de 0 a 100, com linha divisória em 50. Valores acima de 50 mostram que há intenção de aumento de compras e, abaixo desse patamar, de recuo.

A pesquisa mostra ainda que apenas 17,8% vão reduzir as compras de máquinas e equipamentos este ano, enquanto para 24,4% o ritmo será mantido. A composição de importados nas compras de máquinas e equipamentos deverá aumentar este ano. Para 38,5%, a participação de importados será maior, enquanto 40,5% dos entrevistados disseram que seguirá inalterada em relação a 2012. Já para 21,1% das empresas, a participação de importados em 2013 será menor. A pesquisa foi realizada entre 25 de outubro e 30 de novembro de 2012 com 584 empresas, das quais 245 de grande porte, 266 médias e 73 pequenas.

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