Brasília vai receber terminal de R$ 400 milhões

Publicado em
21 de Agosto de 2012
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Fundado em 1957, o Aeroporto Internacional de Brasília é um dos principais aeroportos do Brasil e da América Latina. Por sua localização geográfica, recebe e distribui mais de 400 voos por dia, movimentando mais de 15 milhões de passageiros por ano para 44 destinos em todas as regiões do país. Sua última grande reforma ocorreu em setembro de 2010, quando foi inaugurado novo módulo operacional. Com ele, o aeroporto passou de 13 milhões para 14 milhões de passageiros ao ano.

Atualmente, o aeroporto de Brasília opera sete voos internacionais diretos: um para a Europa (Lisboa), três para os Estados Unidos (Atlanta e Miami), um para Lima, um para Montevidéu e um para o Panamá. Ainda opera um voo com escala para Rosário (Argentina) e um charter para Aruba.

Nos últimos cinco anos, cerca de R$ 90 milhões foram investidos em obras de melhorias e modernização. A expectativa é que a assinatura do novo contrato de concessão do aeroporto eleve substancialmente esse valor.

De acordo com José Antunes Sobrinho, sócio do Grupo Engevix, um dos responsáveis pelo consórcio Inframerica, novo operador do aeroporto, esse valor vai crescer. "A fase inicial do projeto, considerada emergencial para a Copa, prevê investimentos da ordem de R$ 640 milhões no novo terminal. Ao todo, o investimento será de R$ 2,8 bilhões ao longo da concessão."

Entre esses investimentos está a ampliação da capacidade do aeroporto, com a abertura do terminal três, com o investimento de mais de R$ 400 milhões. A previsão da Engevix é de sair de 17 milhões para 30 milhões de passageiros por ano e, na última fase, chegar a até 34 milhões de usuários por ano.

O consórcio seguirá o modelo de parceria com a Infraero. A Infraero tem 49% de participação e o Consórcio Inframérica, 51%. "Seria muito difícil começar um negócio nestas condições partindo do zero. Achamos as condições do edital são absolutamente equilibradas."
Um dos novos serviços do aeroporto, prometidos pela nova concessionária, será a sala VIP. "Também vamos trabalhar com mais opções de lojas de serviço para o passageiro", diz Sobrinho.
O grupo Engevix possui experiência de mais de 30 anos na execução de projetos, fiscalização e gerenciamento de aeroportos, tendo atuado, por exemplo, no Galeão, Guarulhos, Viracopos, Congonhas, Salvador, Confins, Florianópolis e Fortaleza, entre outros. A Corporación América, parceira no consórcio, tem experiência de concessão e operação aeroportuária em 48 aeroportos da América Latina.
Sobrinho explica que após a assinatura do contrato, tem início a transferência da operação. Esse período tem de três a seis meses, prorrogável por mais seis meses. Após isso a empresa inicia o desenvolvimento dos trabalhos de acordo com as exigências e prazos estipulados pelo edital de concessão. "Iniciaremos pelo desenvolvimento do projeto básico do novo terminal e pelas metas para a Copa de 2014", explica.

A empresa desenvolve atualmente um plano estratégico para definir se irá participar de novos leilões para concessões aeroportuárias. Sobrinho lembra que a empresa já opera São Gonçalo do Amarante (RN), que é um hub (centro logístico) no nordeste, e agora Brasília, que é outro um hub na região central do Brasil.

O Consórcio Inframerica Aeroportos é formado por 50% da Infravix Participações, empresa do grupo Engevix e outros 50% da operadora de aeroportos argentinos Corporación América.
A empresa argentina transportou 47 milhões de passageiros em seus aeroportos administrados no ano passado.

O leilão do aeroporto de Brasília terminou com ágio máximo de mais de 600% em relação ao preço mínimo pedido pelo governo entre os três ofertados (as malhas de Guarulhos e Campinas foram os outros). A oferta do consórcio foi de R$ 4,501 bilhões.

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