O alerta foi dado pelo presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), Bruno Lima Rocha, durante seminário realizado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ). Lima Rocha disse que há duas ameaças à navegação de bandeira brasileira – que foi afastada das linhas externas e está limitada à atuação na costa, a cabotagem. O primeiro mal para o setor poderá vir do porto uruguaio de águas profundas de Rocha – que, por incrível que possa parecer, está prestes a ser financiado pelo BNDES. Com isso, armadores estrangeiros usariam meganavios até o país vizinho, fazendo com que os navios verde e amarelos atuassem apenas como complementares aos estrangeiros.
O segundo desafio é ainda maior: o Uruguai, que integra o Mercosul mas não assinou tratados de navegação, daria cobertura aos gigantes da navegação mundial, seja de modo informal ou criando um registro local de baixo custo. Isso arrasaria a navegação brasileira, que hoje é inexistente nas rotas externas e se resume à cabotagem.
No Congresso Internacional Navegar, que será realizado em Porto Alegre de 26 a 28 de maio, estarão presentes os maiores players do mercado nacional da navegação de cabotagem Confirmaram participação as empresas Login Logística, Mercosul-Line, Hamburg Sud / Aliança e Wilson, Sons. O tema deste ano é “A Navegação de Cabotagem como Solução de Logística Costeira para o Brasil” e será discutido em um painel no dia 27 a tarde. As inscrições para o Navegar já podem ser feitas no sitehttp://navegar-congresso.com.br/