Brasil e Argentina concordam com o livre comércio automotivo

Publicado em
19 de Fevereiro de 2016
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Os governos de Brasil e Argentina concordaram em renegociar um novo acordo automotivo baseado no livre comércio em substituição ao atual sistema de cotas e em vigor até o próximo 30 de junho (leia aqui). O objetivo fará parte do cronograma de negociações bilateral acertado durante reunião realizada na quinta-feira, 18, em Buenos Aires entre o ministro Armando Monteiro, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e os ministros argentinos da Produção, Francisco Cabrera, e dos Transportes, Guillermo Dietrich.

Ambos definiram que os principais objetivos do cronograma serão a integração produtiva, geração de empregos, agregação de valor tecnológico e acesso a novos mercados. Pelas negociações, a adoção do livre comércio do setor automotivo se dará “progressivamente e em condições de equilíbrio”, indicando que o novo acordo não se dará no curto prazo.

As tratativas fazem parte do relançamento da Comissão Bilateral de Comércio firmada pelos ministros a fim de aumentar a integração produtiva e comercial dos dois países, em linha com as orientações definidas pelos presidentes Mauricio Macri e Dilma Rousseff durante reunião em Brasília, no início de dezembro passado.

“Precisamos fortalecer a relação, revigorar o comércio, acentuar e promover a integração produtiva e caminhar juntos na direção de uma inserção do Mercosul nos fluxos de comércio e investimentos mundiais. Essa visita pretende exatamente traduzir a orientação do governo brasileiro de que nós temos cada vez mais fortalecer a relação com a Argentina”, disse Monteiro em comunicado conjunto divulgado após o encontro.

Monteiro também comentou sobre as negociações entre Mercosul e União Europeia em torno de um acordo de livre comércio. “Temos uma visão convergente de que acordo com a União Europeia é fundamental por exatamente marcar o reposicionamento do Mercosul na perspectiva de integração com o maior bloco econômico do mundo”.

Os ministros enfatizaram a necessidade de uma estratégia conjunta visando a competitividade, desenvolvimento tecnológico e inovação, além de facilitar a inserção de micro, pequenas e médias empresas nas cadeias regionais e globais de valor. Segundo o comunicado todas as ações conjuntas terão como eixo a atração de investimento e a criação de empregos.

"Acreditamos na necessidade de dinamizar o funcionamento interno do Mercosul, em coordenação com os nossos parceiros. Colocamos especial ênfase nas questões de investimento, compras governamentais e convergência regulatória”, disse o ministro Francisco Cabrera.
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