A descoberta de petróleo é "impressionante" no Brasil, afirmou a executiva no Fórum Econômico Mundial
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse ontem em Davos, na Suíça, que o Brasil vai se tornar o sexto maior produtor mundial de petróleo, devendo dobrar sua produção até 2020 e triplicar até 2035.
A descoberta de petróleo é "impressionante" no Brasil, afirmou a executiva no Fórum Econômico Mundial. A executiva disse ainda que a produtividade é boa no pré-sal e que o custo da exploração é "muito bom", de US$ 54 por barril.
Segundo Graça, a Petrobras investirá US$ 236 bilhões nos próximos cinco anos - sendo 95% destinados ao Brasil, em razão de inclusão social e aumento de renda. A produção viria da Petrobras e de 68 companhias que exploram petróleo no país. A expectativa é que, até 2020, o país possa dobrar a produção atual de 2 milhões de barris por dia, passando a 6 milhões de barris até 2035. Conforme Graça Foster, o Brasil só ficará atrás da Arábia Saudita, Estados Unidos, Rússia, Iraque e Canadá.
A executiva afirmou também que as regras para o setor de petróleo são muito claras no país, incluindo a exigência de 65% de conteúdo local. Ela destacou a importância do conteúdo local, lembrando que a Petrobras encomendou nove plataformas, algumas vindas da China com atraso considerável por causa de problemas com navios.
A executiva disse não acreditar que os preços vão baixar muito nos próximos dez anos. Além disso, afirmou que as produções de etanol, biodiesel e energia solar não são prioridades da estatal, ao destacar o tamanho das descobertas de petróleo no Brasil.
No mesmo evento, a China sinalizou interesse em produzir justamente mais energia renovável, diante dos estragos ambientais causados também pelo número crescente de automóveis na segunda maior economia do mundo.