Caminhões, carros, caminhonetes ficam presos na lama. Motoristas têm que se ajudar: o que passou, puxa o que ficou pelo caminho.
Dirigir em uma das estradas mais importantes do Norte do país tem sido um desafio para os motoristas.
Bem-vindos à principal ligação entre o Norte e o Nordeste do país: a BR-316, uma rodovia federal, um atoleiro para caminhões, carros, caminhonetes. Na estrada, os motoristas têm que se ajudar: o que passou, puxa o que ficou pelo caminho.
“Estou desde as duas horas da madrugada esperando a ajuda que nunca apareceu. Só esse filho de Deus e esse outro”, contou um motorista.
É de testar a paciência e os braços também. Um dos trechos mais complicados da rodovia é o que fica bem perto da divisa entre o Maranhão e o Pará. Durante todo o dia, o cenário se repete: caminhões atolados, motoristas esperando — os que se arriscam passam com toda a dificuldade.
Quando os veículos atolam lado a lado, fecha tudo e uma fila grande se forma. Homens, mulheres, idosos e crianças têm que se equilibrar na lama para seguir a pé e tentar uma carona do outro lado.
“Vamos ver se tem alguém que leva a gente para a frente”, disse outro motorista.
O DNIT tem um contrato válido desde abril de 2018 com uma empresa de Pernambuco, no valor de R$ 16 milhões até julho de 2020, para manutenção e conservação de 188 quilômetros da BR no Maranhão, a partir da divisa com o Pará. Mas o trecho está todo ruim.
E o asfalto já sumiu também na região de Nova Olinda do Maranhão. No local, é só na base do trator: puxando ou empurrando. Nem sempre dá certo.
O tratorista acabou desistindo de puxar uma carreta. Já desengatou o cabo de aço, foi embora, a carreta fica mesmo atolado. E, ao lado, outro veículo atolou. As pessoas tentam ajudar o motorista. Com o esforço conjunto, a caminhonete sai.