Boa gestão dos pneus melhora resultados

Publicado em
04 de Agosto de 2010
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Práticas de controle e manutenção dos pneus ajudam o transportador a reduzir custos, garantindo melhor rendimento operacional da frota

Um dos principais passos para obter o máximo desempenho dos pneus da frota é executar uma boa gestão, controlando o consumo destes componentes. Em relação aos investimentos direcionados aos veículos de uma transportadora, o pneu é considerado o terceiro item da frota que mais exige recursos financeiros; mas, se a gestão destes componentes não for feita de maneira correta e controlada, o pneu pode se tornar o segundo colocado nesta lista, ultrapassando o item mão de obra - aproximando-se do combustível, que ocupa a primeira posição.

Escolha adequada dos pneus garante maior vida útil e maior rendimento quilométrico destes componentes

Deste modo, muitas vezes as empresas de transporte deixam de investir no treinamento de seus motoristas, além de outros itens importantes da frota, para arcar com despesas desnecessárias ocasionadas pela falta de cuidados com os pneus. Para garantir eficiência e segurança no uso destes componentes, é fundamental desenvolver rotinas de manutenção preventiva e corretiva além de selecionar sempre o pneu mais adequado para cada tipo de operação, de acordo com as características do veículo e dos percursos que serão enfrentados.

A escolha adequada dos pneus, por exemplo, é o primeiro fator capaz de ampliar a vida útil e o rendimento quilométrico, além de aumentar o número de reconstruções da carcaça. Estes são apenas alguns dos muitos benefícios que podem ser obtidos com as boas práticas de gestão dos pneus. Confira no primeiro artigo desta série outras atividades de controle que também podem ajudá-lo a obter menores custos de manutenção e melhor aproveitamento dos pneus em sua frota.

1 - Monitorar é preciso

Pneus mal calibrados podem prejudicar a dirigibilidade do veículo e provocar desgaste desnecessário, principalmente de motor, câmbio, freios, eixos e também dos pneus, além de aumentar o consumo de combustível. É por isso que a calibragem dos pneus deve ser feita periodicamente, de preferência semanalmente, ou no mínimo de 15 em 15 dias, de acordo com as particularidades do tipo de operação realizada pela frota. Em alguns casos, como no transporte urbano de passageiros, este controle deve ser realizado diariamente.

Por acreditar que estão economizando quando carregam maiores volumes de carga por viagem, ou por simples descuido, muitos transportadores acabam comprometendo os pneus do veículo, que em caso de sobrecarga sofrerão com o desgaste acelerado e com a fadiga térmica da carcaça - ocasionados pelo maior flexionamento e pela maior geração de calor na região da banda de rodagem do pneu. Desta forma, o limite de carga para cada tipo de veículo também deve ser respeitado e a pressão dos pneus deve ser constantemente monitorada em função do volume de carga transportada.

2 - Qualificação faz diferença

Mesmo quando se faz a manutenção periódica dos pneus, as avarias acidentais poderão continuar ocorrendo. Nestes casos, é fundamental efetuar os reparos com mão de obra qualificada e confiável para evitar que ocorram rompimentos futuros decorrentes de consertos inadequados. Para consertar um pneu, não basta "tapar o furo": é preciso reconstituir a estrutura original da carcaça no ponto danificado.

O ideal é que o furo seja escareado (possibilitando limpeza adequada) e preenchido com borracha para impedir infiltrações. Deste modo, contando com o serviço de profi ssionais bem treinados, é possível evitar o descarte prematuro dos pneus - embora algumas avarias não permitam o conserto.

A reforma inadequada é outra causa comum de perda prematura do pneu. Isto ocorre quando a reforma é feita por profissionais não qualifi cados pelo fabricante do pneu, e que portanto não possuem a tecnologia, o ferramental e as especificações necessárias para garantir que a carcaça do pneu não seja comprometida durante este processo. Para evitar que isto ocorra, os pneus devem ser reformados sempre em reformadores idôneos e credenciados pelo fabricante do pneu.

3 - Atenção desde o início

Responsável por grande parte dos problemas causados em sua estrutura, as operações de montagem e desmontagem dos pneus nas rodas também devem ser cuidadosamente trabalhadas. Alguns profissionais não qualificados utilizam nestas operações ferramentas inadequadas, como martelos e picaretas, e batem sobre o talão, danificando e comprometendo principalmente os pneus sem câmara.

Além da utilização de espátulas adequadas ou - melhor ainda - de máquinas especialmente preparadas para a montagem e desmontagem de pneus, é importante investir no treinamento dos profissionais de manutenção e, sempre que possível, utilizar equipamentos de montagem disponíveis nos Truck Centers Pirelli.

4 - Prevenindo a deterioração

O desgaste excessivo é um dos principais fatores que levam à deterioração prematura dos pneus. Este problema é causado geralmente pelo uso prolongado dos pneus ou pela ausência de alinhamento dos eixos do veículo, além de outras falhas mecânicas. Para evitá-lo, recomenda-se que os pneus dos veículos urbanos, ou que transitam em rodovias bem conservadas, passem pela primeira reforma quando a banda de rodagem estiver com 02 mm de profundidade. Já se o percurso for de alta severidade, o ideal é retirá-los de operação com 05 mm restantes na banda, para preservar as carcaças.

Profissionais de manutenção devem estar orientados sobre o momento certo de reformar os pneus

Responsáveis por manter o bom aproveitamento dos recursos da frota, os profissionais de manutenção e os controladores de pneus devem estar orientados sobre o momento certo de reformar os pneus. Antecipar este momento significa desperdícios, enquanto que postergar demais a reforma representa um risco desnecessário que pode levar à perda do pneu. Estar atento ao momento ideal da reforma também é um fator que ajuda a reduzir perdas na gestão dos pneus.

5 - Soluções simples

Para que as boas práticas de gestão do pneu possam alcançar os melhores resultados, também é essencial que os motoristas estejam bem orientados, para que sejam capazes de evitar as avarias acidentais, sempre que possível. Impactos e roçamentos laterais que provocam cortes na carcaça são exemplos de avarias que podem ser evitadas com o treinamento dos motoristas. Estas e outras práticas, se realizadas com atenção e de forma correta, seguramente irão ajudá-lo a distribuir melhor os investimentos entre os itens de consumo relacionados à frota.

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