BNDES mapeia R$ 850 bi em investimentos

Publicado em
11 de Maio de 2010
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O BNDES mapeou investimentos de R$ 850 bilhões a serem realizados pelo setor industrial no período de 2011 a 2014. Essa cifra corresponde a cerca de 30% do PIB brasileiro no ano passado.

Concluído recentemente, esse estudo identificou todos os investimentos que serão realizados a partir de financiamentos que constam na carteira de clientes do banco.

O trabalho levou em conta tanto projetos que já estão em curso como os que estão listados para ser iniciados nos próximos anos.

Um mapeamento semelhante havia sido realizado pelo BNDES em 2008 e apontara, na época, investimentos de R$ 770 bilhões entre 2010 e 2013.

Se forem concretizados, os R$ 850 bilhões em investimentos para o quadriênio que se inicia no próximo ano serão 13% superiores aos identificados no ciclo anterior (2010 a 2013) pelo BNDES.

De acordo com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, se todos os projetos previstos forem realizados, os investimentos na economia brasileira vão crescer a uma taxa média de 10% ao ano no período.

Infraestrutura

Um dos destaques nesse quadro, segundo Coutinho, será a área de infraestrutura, que vai gerar investimentos de R$ 330 bilhões entre 2011 e 2014, segundo os cálculos do BNDES.

O estudo do BNDES, diz Coutinho, mostra ainda que as empresas já começam a apontar a retomada dos projetos voltados para atender a demanda externa -ou seja, cujo foco é produzir para a exportação.

"O mercado externo já dá sinais de recuperação", disse Coutinho, que participou ontem do seminário "Brazil Infrastructure Summit", promovido pelos jornais "Valor Econômico" e "Financial Times", no Rio de Janeiro. 

Copa do Mundo vai gerar R$ 183 bilhões para a economia brasileira, prevê estudo (Agência Brasil)

A Copa do Mundo de 2014 vai gerar R$ 183 bilhões para a economia brasileira, num período de dez anos, a partir de 2010 e até 2019, entre impactos diretos - investimentos em infraestrutura, turismo, empregos, impostos, consumo - e indiretos, que é a recirculação de todo esse dinheiro no país, o que representa 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) acumulado no mesmo período, segundo estudo realizado por uma consultoria para o Ministério do Esporte.

Os dados foram apresentados no Encontro Técnico de Segurança para a Copa de 2014, que começou hoje (10), em Brasília e vai até sexta-feira. Segundo esse estudo, somente em infraestrutura os investimentos projetados chegam a R$ 33 bilhões, incluindo estádios, mobilidade urbana, portos, aeroportos, telecomunicações, energia, segurança, saúde e hotelaria. Isso equivale ao custo de construção de 24 mil quilômetros de estradas pavimentadas.

Na parte de turismo, a previsão é de que 600 mil turistas estrangeiros assistam a Copa no Brasil e que 3 milhões de turistas nacionais se desloquem internamente, o que terá um impacto na economia de R$ 9 bilhões. No consumo, haverá também um fluxo de R$ 5 bilhões, causado pelas obras, que vão gerar empregos e, por consequência uma massa salarial, entre trabalhadores permanentes e temporários. Somados, esses impactos devem incrementar o PIB em R$ 47,9 bilhões.

Um dado comparativo levantado pelos autores do estudo é que os R$ 5 bilhões a serem injetados no consumo pela renda gerada por esses trabalhadores equivale a 1,3 ano de venda de geladeiras no Brasil ou 7,2 milhões de aparelhos. A expectativa, segundo o estudo é de que a Copa crie mais de 700 mil empregos entre permanentes e temporários.

Sobre a arrecadação de tributos, a estimativa é de sejam arrecadados R$ 17 bilhões, o que representa mais de 30 vezes os R$ 500 milhões em isenções fiscais que serão concedidas à Federação Internacional de Futebol (Fifa) e empresas por ela contratadas para a realização do Mundial. Somente em tributos federais serão arrecadados com a Copa R$ 11 bilhões, um saldo de R$ 3,5 bilhões em relação aos investimentos federais na realização do campeonato.

Os impactos indiretos da Copa na economia do país com a recirculação do dinheiro são calculados pelo estudo em R$ 136 bilhões, até 2019, cinco anos depois da Copa. Um impacto pós-Copa, impossível de dimensionar financeiramente transforma-se em turismo futuro. Além disso, as obras que modernizarão estádios nas 12 cidades-sedes também geram riqueza e impacto no PIB. Este valor, somado aos R$ 47 bilhões dos impactos diretos, leva aos R$ 183 milhões que o estudo calcula que a Copa vai gerar para o país.

O estudo menciona ainda os benefícios "intangíveis" da Copa de 2014 para o Brasil: visibilidade internacional, consolidação da imagem do país no exterior pela capacidade de organizar um evento desse porte, maior exposição de produtos e serviços para o mundo e maior aproveitamento do potencial turístico, principalmente com a divulgação de atrações regionais. Na parte de infraestrutura, esses benefícios serão as grandes obras de mobilidade urbana, portos e aeroportos, que melhorarão a qualidade de vida da população.

O estudo conclui que a Copa também vai fortalecimento o orgulho nacional, como ocorreu nos países anfitriões das últimas edições. As 12 cidades-sedes da Copa de 2014 são: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Natal, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. 

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