BNDES concede R$ 378 milhões para parques eólicos no Nordeste

Publicado em
12 de Junho de 2012
compartilhe em:

As novas centrais fazem parte de um projeto maior, constituído de outros cinco parques eólicos vizinhos também vencedores no segundo Leilão de Fontes Alternativas, em 2010.

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 378 milhões para a construção de cinco parques eólicos na Bahia e no Rio Grande do Norte.

Os recursos serão destinados à Força Eólica do Brasil, controlada pela Neoenergia e pela Iberdrola, que investirá um total de R$ 594,5 milhões no projeto, com capacidade instalada total de 150 MW. Os valores serão repassados pelo Banco do Brasil (BB).

Os parques serão construídos nos municípios de Caetité e Bodó, na Bahia; e Santana do Matos e Lagoa Nova, no Rio Grande do Norte. As cinco novas centrais fazem parte de um projeto maior, constituído de mais cinco parques eólicos vizinhos também vencedores no segundo Leilão de Fontes Alternativas, em 2010.

O empreendimento financiado pelo BNDES vai gerar 1,8 mil empregos entre diretos e indiretos durante as obras.

A carteira atual do BNDES no setor eólico soma 107 parques. Os empreendimentos representam investimentos totais de R$ 12,4 bilhões e demandam financiamentos do BNDES no valor de R$ 8,4 bilhões.

 

O projeto tem capacidade instalada total de 150 MW

Energia renovável é 88,8% da matriz elétrica do Brasil 

A participação de fontes renováveis de energia na matriz elétrica brasileira aumentou em 2,5 pontos percentuais no ano passado ante 2010, para 88,8 por cento, como resultado principalmente das condições hidrológicas favoráveis que elevaram a geração das hidrelétricas em 6,3 por cento e do crescimento da geração eólica.

As fontes de energia não renovável tiveram uma queda de 14,8 por cento na produção de eletricidade no Brasil em 2011, causada em especial pela redução de 28,1 por cento na eletricidade gerada por gás natural, segundo informações preliminares do Balanço Energético Nacional 2012 (BEN) divulgado nesta segunda-feira pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A geração de energia eólica teve o principal crescimento entre as fontes renováveis na matriz elétrica, subindo 24,2 por cento para 2,7 mil gigawatts-hora (GWh) no ano passado.

Já a produção de bioeletricidade a partir do bagaço de cana-de-açúcar caiu, embora a geração elétrica com biomassa, como um todo (incluindo lenha, lixívia, bagaço de cana e outras), tenha subido 7,1 por cento no período.

Na matriz energética brasileira, que considera o uso de fontes de energia não só para a produção de eletricidade, a participação das energias renováveis ficou praticamente estável em 2011, em cerca de 44,1 por cento, segundo a EPE.

"A pequena variação entre 2010 e 2011 reflete as restrições na oferta da biomassa da cana, muito em função da queda de 9,8 por cento na safra", informou a EPE.

A demanda por energia no Brasil, medida pela oferta interna de energia, subiu 1,3 por cento em 2011 ante 2010, totalizando 272,3 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), e ficou menor que o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) que cresceu 2,7 por cento no período.

"O menor crescimento da demanda de energia significa que a economia brasileira gastou menos energia para produzir a mesma quantidade de bens e serviços. A demanda de energia per capita ficou em 1,41 tep por habitante em 2011, aumentando 0,5 por cento em relação a 2010", informou a EPE.

(Por Anna Flávia Rochas)


Por REUTERS - Anna Flávia Rochas

Boletim Informativo Guia do TRC
Dicas, novidades e guias de transporte direto em sua caixa de entrada.