Os investidores do mercado de soja estão de olho em eventuais atrasos nos embarques caso a paralisação dos caminhoneiros no Brasil se prolongue.
Eles temem que os importadores cancelem contratos no país e se voltem para a oferta dos Estados Unidos. Embora ainda no terreno da especulação, tal possibilidade sustentou os preços na bolsa de Chicago.
Ontem, os lotes de segunda posição subiram ao longo do dia, mas fecharam com queda marginal ante sexta, a US$ 10,015 o bushel.
Há rumores de que um ou dois embarques já teriam sido transferidos. O boato, porém, não encontra base nos atuais prêmios nos portos brasileiros e americanos nem na fila de navios em ambos os países, diz Pedro Dejneka, sócio-diretor da AGR Brasil, em Chicago.
Apenas um navio está programado para receber soja nos portos americanos, enquanto no Brasil há navios esperando para embarcar cerca de 8 milhões de toneladas. Uma eventual confirmação de transferência pode desencadear movimento dos fundos. "Se a China transferir para os EUA, mesmo que seja um embarque, os fundos vão cobrir posições vendidas", afirma.