Na opinião do professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB) Dickran Berberian, uma diferença fundamental aplicada nas ruas de Berlim, na Alemanha, em relação ao modelo usado em Porto Alegre é a compactação do solo de fundação, da base do pavimento e a maior espessura da camada de asfalto.
Somado a um pavimento feito para durar 20 anos, está a restrição da circulação de caminhão em pistas específicas dentro da cidade. Os veículos pesados circulam apenas pelas alças da cidade e em vias demarcadas que têm mistura asfáltica apta a receber tráfego de caminhões.
- A vida útil do asfalto depende de quantos carros, ônibus e caminhões vão passar por hora por cima dele - afirma Berberian.
Além disso, o sistema de pavimento também é drenado: no solo de fundação e nas laterais da pista.
A manutenção é levada a sério e feita antes de o buraco aparecer. Um caminhão com um equipamento chamado Viga Benkelman faz a medição para verificar quanto o asfalto cedeu. Se houve movimentação, antes mesmo de se formar a primeira trinca, é feito reparo na pista.
- Com isso, a ocorrência de buracos é muito menor, porque a manutenção preventiva nem deixa ele aparecer - diz Berberian