Avenida Brasil: veículos de cargas especiais e de porte médio só poderão passar pela via de madruga

Publicado em
17 de Junho de 2013
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Depois do caos provocado no trânsito pela queda de bobinas de uma carreta na Avenida Brasil, na tarde de terça-feira, a prefeitura do Rio anunciou, nesta quarta-feira, que a circulação de veículos de “cargas especias e de porte médio" na via expressa só poderá ser feita das 23h às 5h. O novo esquema será implantado na próxima segunda-feira. Segundo o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, a empresa Transbirday, responsável pelo material que caiu na Brasil, está proibida de transportar cargas especiais por um período de seis meses e será multada em R$ 23 mil para pagamento de multas e ressarcimento de custos do município por conta da operação realizada para desobstruir a avenida.


— Hoje já há restrições de horário na Avenida Brasil para o transporte de cargas de grande porte e de produtos inflamáveis. Nesses casos, só autorizamos a circulação de madrugada, até por questões de segurança — diz o secretário.

Ainda de acordo com o secretário, a Avenida Brasil trabalha hoje no limite de saturação: são 225 mil veículos por dia num dos principais eixos viários do Rio.

— São registrados diariamente 80 incidentes, na avenida e nos acessos — disse.

Em relação ao incidente desta terça-feira, que deu um nó no Centro, com reflexos nas zonas Norte e Sul, e na Ponte Rio-Niterói, Osorio afirma que a Avenida Brasil opera hoje no limite de saturação: são 225 mil veículos por dia num dos principais eixos viários da cidade e que também são registrados 80 incidentes diariamente na via expressa e nos seus acessos. Ele admite, entretanto, que houve demora na retirada da carga da pista, mas atribui o atraso ao material levado pela Transbirday.

— Se o carreta tivesse transportando feijão ou areia, teríamos resolvido o problema com mais facilidade, porque temos equipamentos específicos para isso. Não foi o caso. As bobinas eram pesadas demais, dificultando a operação.

Para o professor da PUC e especialista em engenharia de transportes José Eugênio Leal, o principal erro da prefeitura foi ter autorizado o transporte de uma carga tão pesada naquele horário:

— O transporte de uma mercadoria desse porte, que é capaz de fechar uma pista ao tombar, precisa de uma autorização especial. O caminhão só poderia circular de madrugada. Uma vez que fecham uma pista da Avenida Brasil, fica muito complicado colocar em prática qualquer plano de contingência.

Apesar de a CET-Rio informar que manteve 450 agentes nos acessos da Avenida Brasil após o acidente, quem dirigia pela cidade na segunda-feira se queixava da falta de profissionais de trânsito nas ruas:

— Eu estava no meio dessa desgraça toda e, na saída no Túnel do Catumbi só tinha um PM organizando o trânsito no cruzamento com a Rua do Riachuelo, mesmo assim não vi nenhum agente da prefeitura da Tijuca até o Centro — disse Edilson Nora de Oliveira.

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