Atualização das frotas dos navios de cabotagem ajudam no atendimento das demandas

Publicado em
10 de Novembro de 2015
compartilhe em:

Para Fernando Resano, o custo logística não é da cabotagem, e sim do País

As frotas de navios de cabotagem estão sendo cada vez mais modernizadas e ampliadas, o que de fato, tem atendido às demandas. Na opinião de Luiz Fernando Resano, ‎Vice-Presidente Executivo do Syndarma (Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima) o fator é muito positivo. “Se houver mais cargas temos condições de rapidamente atender às demandas, e se consolidada estas cargas, ocorrerá aumento da frota”, explica.

Nesse sentido, para a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), uma das soluções para incentivar o transporte de cabotagem é prestigiar o armador brasileiro. Para a agência, essa é uma forma de conseguir um frete muito mais em conta, apesar do risco Brasil, já que o custo portuário é muito elevado. “Precisamos incentivar nossos armadores e melhorar nosso custo de logística”, disse um diretor da agência em comunicado.

Para Resano, o armador enfrenta diariamente um entrave chamado: custo. O que o leva a estar sempre atento a novos mercados para, se for o caso, disponibilizar novos navios. “Essas iniciativas quase certamente terão um efeito cascata positivo para o setor, depois que se investir em tripulações, custo de praticagem e uma série de transações, além de estimular a navegação do modal e os estaleiros”, ressalta.

Sobre a cabotagem e a “cultura rodoviária”, para ele, esse não é o fator do problema. “Talvez não só a cultura, mas a simplicidade e o desconhecimento do modal aquaviário faz com que a opção recaia no rodoviário”, explica. Porém, mesmo em crescimento, o executivo acredita que a cabotagem precisa de mais ação do governo. “Se o Governo encarasse esses cinco pontos na busca de solução, certamente haveria um maior balanceamento do uso dos modais”, disse, ressaltando ainda que a cabotagem é ligada ao modal rodoviário nas suas pontas.

Sem dizer suas expectativas para o modal esse ano, ele destaca que o custo logística não é da cabotagem, e sim do País. “Não temos com lançar expectativas para o modal, em função dos problemas enfrentados pelo país que repercutem no setor”, diz. Ele finaliza dizendo ainda que os investimentos no modal através de alguns estudos e programas é positivo porém pondera: “diagnóstico não nos faltam, mas as soluções não veem”.

Boletim Informativo Guia do TRC
Dicas, novidades e guias de transporte direto em sua caixa de entrada.