Um mapeamento sobre a origem e destino dos motoristas que passam pela Rodovia Zeferino Vaz (SP-332) será feito a partir da segunda quinzena de agosto para viabilizar a implantação do sistema de cobrança de pedágio Ponto a Ponto (com pagamento proporcional ao trecho percorrido pelo veículo) na via. A expectativa da Artesp é que até setembro o estudo seja concluído com a coleta de dados na região de Cosmópolis, Paulínia, Engenheiro Coelho e Arthur Nogueira (SP). A promessa é que o novo método comece a funcionar até o fim do ano.
foram queimadas (Foto: Eduardo Sozo/EPTV)
Ao longo da rodovia, há três praças de pedágio: duas em Paulínia, com cobrança de R$ 6,20 e R$ 8,60, e uma em Engenheiro Coelho, com cobrança de R$ 4,10. As cabines de Paulínia foram alvo de protestos de usuários que chegaram a atear fogo no local para reivindicar a redução da cobrança. Na ocasião, houve prisão de moradores de Cosmópolis suspeitos de participar dos atos de vandalismo.
De acordo com a concessionária Rota das Bandeiras, que administra o local, o estudo será realizado pela própria empresa, que ao final da coleta de dados, disponibilizará as informações para a Artesp. A concessionária informou, ainda, por meio da assessoria, que o estudo pretende avaliar, além da origem e destino dos motoristas que passam pela via, o caminho, frequência e horário em que eles passam por ali.
A Artesp informou que, paralelamente à realização desta pesquisa, a agência promove também um levantamento sobre as possíveis localizações dos pontos de leitura fracionada que deverão ser erguidos na rodovia. Os chamados pórticos fazem a leitura automática de etiquetas eletrônicas (tags) instaladas nos veículos, que transmitem ondas de radiofrequência. Quando o veículo passa sob o pórtico, essa passagem é registrada e é realizada a cobrança de valor proporcional ao trecho efetivamente percorrido pelo usuário. Segundo a agência, só será possível determinar os locais após o estudo.
Primeira do país na região
O sistema Ponto a Ponto começou a funcionar no dia 27 de julho na Rodovia Governador Adhemar Pereira de Barros (SP-340), conhecida como Campinas-Mogi. Essa foi a terceira rodovia a adotar o sistema no país, mas a primeira do Brasil aberta à adesão de qualquer motorista, segundo a Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
Outros dois projetos pilotos - Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra, que liga Itatiba (SP) a Jundiaí (SP), e na Rodovia Santos Dumont, que liga Campinas a Sorocaba (SP) - permitiam apenas a participação de moradores de determinadas áreas cortadas pelas respectivas rodovias. A adesão na SP-340 é voluntária e também contempla veículos comerciais, ônibus e caminhões.